“O jogo foi descrito como o encontro mais antecipado de sempre envolvendo um jogador e uma jogadora desde a Batalha dos Sexos em 1973, quando a multicampeã de Grand Slams Bille Jean King bateu o antigo número 1 mundial Bobby Riggs”, escrevia esta terça-feira a BBC, a propósito do duelo que iria colocar frente a frente um total de 43 triunfos entre Open da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open. No final, Roger Federer venceu Serena Williams em pares mistos a contar para a Hopman Cup mas o resultado registado na Austrália entre Estados Unidos e Suíça acabou por ser o menos relevante do dia.

“Vai ser um sonho tornado realidade e estou ansiosa pelo jogo. Vai ser muito bom”, comentara a americana, que soma um total de 23 Grand Slams entre Open da Austrália, Wimbledon (sete vitórias em cada), US Open (seis) e Roland Garros (três), na projeção do duelo com o helvético. “Será muito bom para ambos e espero que muitos fãs de ténis possam aproveitar pata ver. Admiro tudo o que tem feito dentro e fora dos courts. Somos dois competidores natos, ambos quereremos ganhar e vai ser algo que acontece uma vez na vida. É uma das nossas maiores campeãs de sempre no desporto”, dissera o suíço, vencedor de 20 Grands Slams entre Wimbledon (oito), Open da Austrália (seis), US Open (cinco) e Wimbledon (um).

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Na véspera, os maiores dos maiores tinham ganho os respetivos encontros singulares: Federer começou por vencer o americano Frances Tiafoe por 6-4 e 6-1, Serena empatou a eliminatória após bater a suíça Belinda Bencic por 4-6, 6-4 e 6-3. Tudo ficaria por decidir no encontro de pares mistos que se realizou esta terça-feira, com o triunfo a cair para a dupla helvética por 4-2 e 4-3, com 5-3 no tie break (por causa do cariz da prova, os sets nos pares terminam aos quatro). Se a Suíça deu um passo gigante para marcar presença na final, os Estados Unidos ficaram eliminados mas isso acabou por ser o menos relevante do dia.

Federer, em dupla com Bencic, venceu Serena e Tiafoe e dois sets no jogo de pares mistos da Hopman Cup (GREG WOOD/AFP/Getty Images)

“Estava nervoso a responder porque tem um serviço fantástico que não se consegue ler. Foi um jogo muito divertido contra uma grande campeã, para mim foi uma honra. Consegue perceber-se como está focada, é isso que adoro nela”, referiu no final Federer. “Foi uma grande experiência mas estou triste, estava apenas a aquecer quando acabou… Federer? Bem, falamos do tipo que é o melhor de sempre, dentro e fora dos courts. E há uma razão para se tão bom: tem um serviço assassino. Já o vejo há tanto tempo mas nunca tinha percebido quão bom era. Talvez me possa dar umas dicas”, salientou Serena.

A admiração entre ambos foi notória antes, durante e depois do jogo, acabando selada com uma selfie tirada ainda em campo sempre num ambiente de boa disposição. Aos 37 anos, Federer e Serena podem ser os maiores entre os maiores mas mostraram que ainda terão uma palavra a dizer na temporada que agora arranca e que terá como primeiro ponto alto o Open da Austrália, nas duas últimas semanas de janeiro, onde o suíço tentará defender o título conquistado em 2018.