O líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, disse esta sexta-feira querer que a bancada continue a ser “uma referência de estabilidade”, recusou “palavras de divisão” e disse aguardar “com expectativa” a intervenção de Luís Montenegro.
“O líder parlamentar deve ser um referencial de estabilidade, tenho sido ou tentado ser esse referencial e quero continuar a ter essa atitude e que o grupo parlamentar seja uma referência de estabilidade”, afirmou Negrão, questionado pelos jornalistas sobre a situação interna do PSD, no final do debate quinzenal com o primeiro-ministro, na Assembleia da República, em Lisboa. “Não esperem do presidente do grupo parlamentar palavras de divisão”, acrescentou.
Questionado se este é o momento indicado para uma disputa interna, Negrão respondeu: “Veremos o que dirá Luís Montenegro. Nessa altura tiraremos conclusões”. O líder parlamentar escusou-se a comentar cenários de eleições antecipadas no PSD, dizendo não saber o que vai dizer hoje o antigo presidente da bancada social-democrata. “A posição do líder parlamentar é aguardar com expectativa a intervenção e as palavras do doutor Luís Montenegro”, afirmou.
Negrão negou que os deputados do PSD estejam nervosos — como sugeriu esta sexta-feira o primeiro-ministro no debate quinzenal -, mas admitiu que a vida política “é baseada na imprevisibilidade” e considerou que “partidos inquietos” são “um bom sinal”.
O socratismo que não veio, o plano A do aeroporto e a saúde (do PSD)
Luís Montenegro fala esta sexta-feira às 16 horas, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e deverá apresentar a sua disponibilidade para se candidatar à liderança do PSD e pedir eleições antecipadas.