Ivanka Trump, a filha do Presidente dos Estados Unidos, está a ser uma das pessoas sugeridas para liderar o Banco Mundial após a saída súbita de Jim Yong Kim. De acordo com o Financial Times, que avançou com a notícia sem indicar a fonte dessa informação, o subsecretário do Tesouro para Assuntos Internacionais norte-americano David Malpass, a ex-embaixadora nas Nações Unidas Nikki Haley e o presidente da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional Mark Green também constam na lista.

Apesar dos rumores de que o nome de Ivanka Trump “anda a flutuar em Washington” para substituir Jim Yong Kim no Banco Mundial, a ideia foi adjetivada de “ridícula” por Tom Steyer, o multimilionário que gere um fundo de investimentos de risco. “Isto está entre as propostas mais ridículas que alguma vez ouvi. O nepotismo é só mais uma forma de corrupção, por isso não estou surpreendido, mas o nível de absurdo é de cortar a respiração”, escreveu no Twitter.

Ted Lieu, congressista californiano, também utilizou o Twitter para comentar os rumores, desta vez em tom sarcástico e mencionando a conta oficial do Presidente dos Estados Unidos: “De todas as pessoas nos Estados Unidos que podiam ser presidentes do Banco Mundial, a mais qualificada é Ivanka Trump, que perdeu a empresa de moda e por acaso é filha do Presidente dos Estados Unidos da América. Estou a ver”.

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Enquanto Presidente norte-americano, Donald Trump tem a capacidade de nomear candidatos para o cargo de presidente do Banco Mundial, recorda o The Guardian. E não é a primeira vez que coloca a filha em lugares de relevo. Aconteceu quando Trump considerou a hipótese de nomear Ivanka embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, quando Ivanka trabalhou como secretária de Estado interina após a demissão de Rex Tillerson e quando se sentou ao lado do pai na cimeira do G20 em Hamburgo.

Mas a vontade de Donald Trump, que ainda não se pronunciou sobre o caso, não bastaria. Quem entrar para a presidência do Banco Mundial tem de ser votado por um painel de diretores, que já disse querer alguém com “provas dadas em liderança”, “experiência em gerir grandes organizações com exposição internacional e familiaridade com setor público” e “um compromisso firme e apreciação com cooperação multilateral”, lembra o Independent.

No entanto, olhando para a História, a pessoa proposta pelos Estados Unidos costuma ser aprovada para a liderança do Banco Mundial, enquanto os europeus normalmente escolhem quem fica à frente do Fundo Monetário Internacional.