Em pequena dormia na sala com o irmão mais velho, Craig, num apartamento com apenas um quarto e uma casa de banho na zona sul de Chicago. A criança “traquina” e “teimosa”, palavras da mãe Marian Robinson na biografia Michelle Obama: A Life, acabaria por criar uma carreira de sucesso com passagem pela Casa Branca e que se prolonga para lá desta fase — em dezembro passado, segundo uma sondagem da Gallup, destronaria mesmo Hillary Clinton quando o assunto é admiração por parte dos norte-americanos. Michelle Obama celebra esta quinta-feira, dia 17 de janeiro, 55 anos — menos 10 do que a sua grande, e também muito influente, amiga, Oprah Winfrey.

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A companheira de Barak Obama, com quem está casada desde 1992, foi a primeira mulher negra a assumir o cargo de primeira-dama dos Estados Unidos da América — juntamente com Hillary Clinton e Laura Bush é, nessa condição, das únicas com um diploma de mestrado (Michelle formou-se em Sociologia na Universidade de Princeton em 1985 e, três anos depois, atingiu esse grau académico em Harvard, na área do Direito). O percurso rumo à popularidade tem sido surpreendente: enquanto primeira-dama conquistou a moda norte-americana e redefiniu o conceito do que é apropriado vestir em eventos públicos. Findo o segundo mandato do marido, Michelle continua numa rota ascendente de protagonismo e tem apostado num estilo mais descontraído e até arrojado: quem não se recorda das botas holográficas da marca Balenciaga que usou recentemente, no final de dezembro? A mulher formada em Direito, que chegou a ser mentora do marido e que passou de um apartamento minúsculo para uma casa de escadarias imensas, adicionou nos últimos tempos uma dose de extravagância à sua imagem — e não parece existir qualquer contestação de quem a segue nas diferentes redes sociais.

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Foi também em dezembro que Michelle Obama fez uma confissão surpreendente, ao admitir perante uma vasta plateia, numa escola londrina para alunos desfavorecidos, que sofre de síndrome do impostor: a advogada de sucesso que trabalhou em duas campanhas eleitorais e chegou a primeira-dama dos EUA, entre 2009 e 2017, juntou-se assim a uma lista de celebridades, incluindo Natalie Portman, que acreditam que o sucesso construído deve-se única e exclusivamente a circunstâncias alheias às reais capacidades profissionais. Michelle Obama confessou que, tanto tempo e tantas provas depois, continua a sentir-se uma fraude, mesmo sendo ela a mulher mais popular no país que a viu nascer, destronando a ex-candidata presidencial democrata Hillary Clinton, que durante 17 anos conquistou as preferências dos norte-americanos. O livro publicado no final do ano, Becoming, é reflexo desse sucesso, com milhares de cópias vendidas em apenas dois meses (foi, na verdade, o livro mais vendido de 2018).

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Em jeito de celebração de uma data pouco redonda, mas bastante significativa, fica a fotogaleria acima publicada que ilustra os últimos anos da vida pessoal e profissional de Michelle Obama.

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