Já foram realizadas 30,4% das cirurgias adiadas durante a greve de enfermeiros nos blocos blocos operatórios entre 22 de novembro e 31 de dezembro do ano passado e, além destas, há também já várias agendadas. Os números são do Ministério da Saúde e foram divulgados esta quinta-feira pela TSF.

Cerca de um terço das 7.526 cirurgias adiadas nos 5 centros hospitalares afetados pela greve de enfermeiros já conseguiram efetivar as cirurgias (2.291). Há ainda 30,7% agendadas até 13 de fevereiro (2.314). Segundo os dados do Ministério da Saúde, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra foi a unidade com mais operações já feitas ( já foram realizadas 650, das 1.741, representando 37,3%), seguido do Centro Hospitalar Lisboa Norte (Hospital Santa Maria e Pulido Valente), com  285 operações feitas das 816 adiadas (34,9%) e o do Centro Hospitalar Universitário do Porto com 654 cirurgias realizadas das 1913 marcadas (34,2%).

Em sentido contrário, está o Centro Universitário de São João com menos cirurgias canceladas já realizadas (23,3%) e menos reagendadas (17,3%).  Já o Centro Hospitalar de Setúbal efetivou 143  24,7%), até dia 13 de janeiro, das 578 operações que tinham sido canceladas, tendo 49,5% já reagendadas.

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O Governo prevê ainda que até ao final de março todos os doentes afetados pela paralisação vejam as suas cirurgias realizadas, faltando cerca de 2.900. Fonte oficial do Ministério da Saúde, citada pela TSF,  garantiu as “restantes cirurgias (excluindo as que sejam definitivamente canceladas por algum motivo) serão programadas para realização até 31 de março de 2019, quer em hospitais do Serviço Nacional de Saúde, quer, nos casos aplicáveis, em entidades convencionadas após emissão de nota de transferência ou vale cirúrgico”.

Há cerca de uma semana, a administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte anunciou, no parlamento, que a greve dos enfermeiros em blocos operatórios teve um impacto financeiro de pelo menos de 1,8 milhões de euros só em perda de proveitos.

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