O presidente da Gestmin, empresa que detém a maior fatia de ações dos CTT, disse ao Jornal de Negócios que a nacionalização dos correios é “impensável na Europa de que somos parte” e que “o barulho à volta da reversão tem intuitos eleitoralistas”.

Manuel Champalimaud rejeitou qualquer cenário que leve à nacionalização dos CTT, que foram privatizados em 2014 e dos quais a Gestmin é o maior acionista, com 12,58% das ações.

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“Uma decisão desse tipo só poderia ser tomada num contexto revolucionário, impensável na Europa de que somos parte”, disse, acrescentando que “ainda nesse cenário impensável, os contribuintes seriam chamados a pagar, não só pela reversão, como pela operação que lhes caria nas mãos”.

Manuel Champalimaud referiu ainda que, apesar de este “barulho” ser “evidentemente nocivo para os acionistas” dos CTT, a aposta da Gestmin naquela empresa é um “investimento de longo prazo, porque acredita na sua sustentabilidade” e porque “como grupo português e investidor em Portugal, a Gestmin considera que é muito importante que exista um serviço postal universal no seu país”.

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