“Todas as derrotas são difíceis de engolir, principalmente assim, quando sentimos que somos mais fortes e merecíamos ganhar”. Sérgio Conceição teve uma primeira resposta mais seca no arranque da conferência de imprensa após o desaire com o Sporting na final da Taça da Liga, visivelmente triste com o insucesso em novo desempate nas grandes penalidades. No entanto, e da mesma forma como quando estava a descer a tribuna do Municipal de Braga chegou a cumprimentar um adepto verde e branco, também nas explicações para o insucesso o técnico portista mostrou-se desalentado mas solícito a todas as questões.

Uma vitória que foi o espelho dos acidentados 43 minutos de Petrovic em campo (a crónica do FC Porto-Sporting)

“Acho que houve uma primeira parte não muito bem jogada, mais equilibrada, sempre com o ascendente para o nosso lado e com uma oportunidade do André Pereira. Na segunda parte não houve nenhum remate enquadrado do Sporting a não ser o do penálti e fomos superiores, sempre próximos do último terço do adversário, que quebrou muitas vezes o ritmo e a própria intensidade do jogo, a querer arrastar para levar a decisão para os penáltis. É claro que custa perder desta forma porque tinha dito que era uma prova que queríamos ganhar mas não conseguimos e temos de pensar já em quarta-feira, naquele que é o nosso principal objetivo que passa pelo Campeonato”, analisou o treinador azul e branco sobre a partida, antes de abordar os penáltis.

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“Treinamos todos os pormenores e situações que podem decidir um jogo, os penáltis também, claro. Trabalhamos e treinamos tudo, também a dinâmica ofensiva, a finalização no próprio jogo, as situações defensivas… E depois chegamos ao jogo e ele dita outras coisas. Os jogadores que falharam tiveram uns 20 penáltis marcados nos últimos quatro dias. As bolas paradas, onde temos feito golos, também são situações treinadas mas naquele momento pode ser diferente dos treinados. Nestes três jogos em que perdemos nos penáltis o FC Porto foi sempre superior mas o que conta no final é o resultado”, disse.

Sérgio Conceição abordou ainda a ausência na altura da entrega da taça ao Sporting, ao mesmo tempo que destacou não ter visto o episódio com o técnico de guarda-redes, Diamantino Figueiredo, que terá tentado agredir um adepto leonino. “Diamantino? Quem é o Diamantino? Ainda não vi nada, saí do campo, fui para o meu balneário e só vi o presidente, com quem falei sobre o jogo de quarta-feira e nenhum caso. Entrega da taça? Acho que bastam os jogadores do Sporting para levantar a taça, não precisam também dos jogadores do FC Porto”, atirou, antes de uma palavra elogiosa também para a arbitragem.

Treinador de guarda-redes do FC Porto tenta agredir adepto do Sporting com a medalha

“Queremos imprimir um ritmo alto, queremos um jogo sempre vivo mas muitas vezes foi quebrado por faltas, umas que se justificavam e outras que nem por isso. Mas não se pode falar de arbitragem, apesar de se calhar quererem polémica para andarem a alimentar muitos programas de televisão. Acho que passou o jogo em demasiado. O que disse aos jogadores? O que posso dizer? Bola para a frente, a olhar para as pessoas que estavam atrás de nós a bater palmas e que esperam vitórias nossas”, concluiu.