Ainda que menos escaldante do que o dérbi do passado domingo – talvez face à inferior qualidade exibicional do Benfica no ataque, a alguma melhoria exibicional do Sporting e ao diminuir dos golos que ilustravam o marcador na altura do apito final –, o Benfica-Sporting da primeira mão da meia-final da Taça de Portugal teve vários casos e diversos lances que suscitam dúvidas. Sem a intervenção recorrente e o protagonismo que adquiriu no jogo do Campeonato, o VAR que tinha Jorge Sousa no comando não foi um elemento ativo no jogo desta quarta-feira e grande maioria das decisões a Luís Godinho se devem.
Como um pontapé do meio da rua transformou a crise numa oportunidade (a crónica do Benfica-Sporting)
Logo aos 12 minutos, ainda antes do golo inaugural de Gabriel, o Benfica ficou a pedir grande penalidade de Tiago Ilori sobre Salvio. O árbitro da partida mandou jogar.
Três minutos depois, pediu penálti na outra área. O estreante Borja cruzava a partir da esquerda e viu a tentativa esbarrar no corpo de André Almeida – os jogadores leoninos pediram mão na bola do lateral português mas, mais uma vez, Luís Godinho nada assinalou.
Já na segunda parte, num lance muito semelhante mas com as posições entre acusado e acusador a inverterem-se, o Benfica ficou a pedir penálti por mão na bola de Sebastián Coates depois de um cruzamento de João Félix. Desta vez, o árbitro da partida ficou à espera da decisão do VAR, que terá considerado que a ação do central uruguaio foi involuntária.
Aos 56 minutos, novamente o Sporting a pedir grande penalidade. Cruzamento de Bruno Gaspar na direita e é Acuña quem surge a tentar desviar para a baliza de Svilar. O médio argentino ficou a pedir falta do central Jardel, que acabou por aliviar o lance e não permitir o cabeceamento de Acuña.
Aos 86 minutos, já após o grande golo de Bruno Fernandes e com o Sporting a tentar utilizar os últimos instantes da partida para chegar ao empate, Diaby surgiu em boa posição a entrar na grande área pelo corredor direito mas acabou por cair antes de conseguir o cruzamento ou o remate. O maliano ficou a pedir penálti de Cervi mas Luís Godinho mandou seguir.
Mesmo em cima do minuto 90, Borja cruzou para tentar encontrar Bas Dost mas Luís Godinho assinalou falta do avançado holandês sobre o guarda-redes Svilar. Dost ainda introduziu a bola dentro da baliza mas o lance não pode ser considerado um golo anulado, já que o árbitro apita ainda antes do avançado rematar.
Naquele que foi o penúltimo lance da partida, Grimaldo foi mais forte do que Bruno Gaspar no corredor esquerdo do ataque do Benfica e obrigou à dobra de Coates, que acabou por fazer falta sobre o lateral espanhol. Os encarnados pediram grande penalidade mas Luís Godinho considerou que o puxão aconteceu antes da grande área defendida por Renan.