O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol aplicou um castigo de quatro jogos de interdição ao Estádio da Luz, na sequência de uma queixa apresentada pelo Sporting. O Benfica vai recorrer da decisão que foi conhecida esta terça-feira, avançando com uma providência cautelar para o Tribunal Arbitral de Desporto (TAD) que irá “congelar” a decisão.

O castigo, que a meio da tarde começou a ser falado (daí a reação tão célere das águias ao sucedido), tem por base uma queixa apresentada pelo Sporting ainda na temporada de 2016/17, a propósito do alegado apoio do clube encarnado a claques “ilegais” num total de sete encontros. Como explica o Mais Futebol, a Comissão de Instrutores da Liga teve o processo durante 20 meses, deu como provadas as infrações em causa e sugeriu uma punição de um a três jogos de interdição por encontro em causa, algo reduzido pelo Conselho de Disciplina a quatro encontros por ser passível de cúmulo jurídico. Antes, um primeiro despacho datado de dezembro tinha avançado para o arquivamento, algo alterado num segundo despacho ao abrigo do artigo 118.º do Regulamento Disciplinar, que fala sobre a “inobservância qualificada de outros deveres”.

“A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD informa que irá apresentar uma providência cautelar junto do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) com efeitos imediatos da decisão proferida pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, com base num processo aberto pela Comissão de Instrução da Liga Portugal que decreta a interdição do Estádio da Luz por quatro jogos. Consideramos totalmente inaceitáveis e injustificáveis as razões invocadas para tal decisão e estamos convictos de que conseguiremos fazer valer as nossas razões no decurso deste processo”, revelaram os encarnados em comunicado.

“Trata-se de uma decisão que revela o sentido persecutório da Liga e da Comissão de Instrutores, responsável pela abertura deste processo. É uma comissão formada por elementos escolhidos pelo FC Porto. É uma campanha contra o Benfica e uma tentativa de desestabilização”, acrescentou uma fonte oficial das águias ao jornal Record.

A Federação Portuguesa de Futebol não se vai opor à providência cautelar que o Benfica vai apresentar. Questionada pela Lusa, fonte oficial da FPF diz que o organismo nestes casos não se opõe ao efeito suspensivo das providências cautelares.

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