No ano passado, a PSP registou 43 participações de violência entre namorados (nas quais a vítima tinha menos de 18 anos). O número é mais baixo desde 2013, altura em que esta força de segurança recebeu 31 queixas. Uma descida que não se fez, contudo, sentir nas ocorrências participações relacionadas com violência entre jovens ex-namorados. Em 2018, houve 75 queixas, o número mais elevado dos últimos cinco anos.

Num comunicado emitido esta quarta-feira, a PSP explicou que “a violência no namoro praticada entre os jovens assume, tal como nos adultos, as vertentes física, psicológica e/ou emocional, social, sexual e económica, sendo que se evidencia particularmente na violência psicológica e/ou emocional”. No entanto, esta nem sempre “é clara e unanimemente percecionada por estes como um comportamento censurável, podendo muitas vezes ser interpretado como forma de demonstração de interesse acrescido entre os parceiros”. Pode ter origem em “fenómenos de violência doméstica em ambiente familiar”, que são replicados pelos mais novos.

Desde o ano letivo de 2014/2015 que a PSP tem vindo a desenvolver, na semana de 14 de fevereiro, Dia dos Namorados, uma campanha de sensibilização junto dos jovens “com resultados muito satisfatórios, tendo alcançado um total de 57.300 alunos em 1.317 escolas”. A Operação “No Namoro Não Há Guerra” deste ano arrancou esta terça-feira, nos vários Comandos de Polícia do país. Vai decorrer até dia 19 junto das escolas de ensino básico do 3.º ciclo e ensino secundário portuguesas.

No contexto desta campanha, nesta quinta-feira, terá lugar na Escola Profissional Metropolitana — Orquestra Metropolitana de Lisboa uma ação de sensibilização que contará com a participação dos alunos deste estabelecimento de ensino, que interpretarão a música “Contra a Violência no Namoro”. Com início pelas 14h, será também projetado um vídeo e haverá espaço para debate.

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