O novo álbum do músico cabo-verdiano Mirri Lobo, “Salgadim”, chega esta semana ao mercado nacional, com uma série de apresentações ao vivo agendadas para março, divulgou esta quinta-feira a discográfica.
“Salgadim” sucede a “Caldera Preta”, com o qual o artista arrecadou os prémios de Melhor Voz, Melhor Álbum, Melhor Coladeira e Melhor Música do Ano, na edição de 2012 dos Cabo Verde Music Awards.
O novo álbum soma cerca de 53 minutos de música, que abre com um festivo “Salgadim”, de Kau Brito e Kim Alves, e inclui “Stick Out”, de JP Mariano e do próprio Mirri Lobo, além da morna “Um Sonho So”, de Constantino Cardoso”, e do funaná “Ta da Ta da”, de Kim Alves.
Com etiqueta da Lusafrica, o álbum é uma homenagem à ilha do Sal, particularmente à localidade de Pedra de Lume, onde o músico nasceu, em maio de 1960.
A Lusafrica, em comunicado enviado à agência Lusa, salienta que o novo trabalho discográfico de Mirri Lobo revela uma “aposta forte em composições de jovens autores, assumindo-se o músico como compositor de alguns dos temas”.
“Uma sonoridade que viaja pelos diversos recantos rítmicos de Cabo Verde, numa abordagem harmoniosa, moderna e contemporânea sob a direção musical de Kim Alves”, acrescentou a editora.
Distinguido em outubro de 2017 com a Medalha de Mérito de 1.º Grau, pelo Governo de Cabo Verde, o músico vai estar em Lisboa para apresentar ao vivo o CD, na primeira semana de março.
No dia 1 março, às 21h30, Mirri Lobo apresenta “Salgadim” na FNAC do centro comercial Vasco da Gama, em Lisboa, e no dia seguinte oferece dois miniconcertos, o primeiro às 17h00, na FNAC de Alfragide, o segundo às 21h30, na FNAC Dolce Vita Tejo, na cidade da Amadora. Finalmente, no dia 03, às 16:00, Mirri Lobo atuará na FNAC Almada.
Mirri Lobo, nome artístico de Emílio Rito de Sousa Lobo, deu-se a conhecer aos 19 anos, quando cumpria o serviço militar obrigatório, em 1979. Em 1981, já livre da tropa, fez parte da banda Clave de Sal, com músicos como Antero Simas e Chiquinho Evo.
O seu primeiro álbum a solo surgiu em 1987, “Alma Violão”, produzido por Dany Silva.
De 1988 a 2009 gravou mais de três trabalhos discográficos a solo – “Matchamor”, “Paranoia”, “Nos Raça” – e participou em dois trabalhos com outros artistas. Em 2010, 12 anos depois de ter estado sem gravar a solo, editou “Caldera Preta”, álbum constituído por treze temas inéditos, ao qual sucede agora “Salgadim”.