Matay, Conan Osiris, Calema e Ana Cláudia: são estes os primeiros quatro finalistas do Festival da Canção, que irão atuar no dia 2 de março na grande final do concurso, na Portimão Arena. Os cantores foram escolhidos este sábado, durante a primeira semifinal, que decorreu nos estúdios da RTP, em Lisboa. A concurso estavam oito canções.

Conan Osiris (19 pontos) era o grande favorito, bem à frente na corrida das visualizações no YouTube, mas acabou por ficar em segundo lugar, em parte devido à decisão do júri, que não lhe atribuiu uma das pontuações mais altas. Os 12 pontos dos jurados foram para Matay, que conseguiu a vitória com 22 pontos. O tema que interpretou, “Perfeito”, foi composto por Tiago Machado e tem letra de Boss AC.

Em terceiro lugar, ficou o duo Calema (18 pontos) e, em quarto, Ana Cláudia (13 pontos). A intérprete de “Inércia”, que foi a primeira a subir ao palco montado nos estúdios da RTP, em Lisboa, esteve empatada com João Campos, que cantou uma música composta pelos D.A.M.A. e por Francisco Clode. Como acontece nestes casos, o voto do júri, presidido por Júlio Isidro, prevaleceu e Ana Cláudia passou à final.

Matay

“Perfeito”

Foi a primeira escolha do júri e a segunda do grande público. Eis Matay, ou Ruben Matay Leal de Sousa, 32 anos, o artista de origens angolanas e cabo-verdianas que apresentou “Perfeito”, uma composição da autoria de Tiago Machado, estudioso do piano e o mesmo autor de “Ó Gente da Minha Terra”, tema interpretado por Mariza. Influenciado por grande nomes do soul e pela força do gospel, ligado à pop, blues e jazz, o também animador sócio-cultural é a voz de êxitos como “O que tu Dás” e “Dizer que não”.

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Conan Osiris

“Telemóveis”

Chama-se Tiago Miranda mas é como Conan Osíris que é conhecido. Compositor e produtor, Osíris nasceu em Lisboa e aprendeu música sozinho. Lançou o primeiro álbum, Música Normal, em 2016, mas foi Adoro Bolos que o atirou para as luzes da ribalta. Estreou-se na televisão no programa “5 Para a Meia-Noite” e nos palcos na Galeria Zé dos Bois, em Lisboa. Foi convidado pela RTP para ser um dos compositores do Festival da Canção de 2019 e decidiu que seria ele a interpretar o tema “Telemóveis”. Apontado desde o início como um dos favoritos, Osíris está oficialmente na final.

Calema

“A Dois”

Os Calema são António e Fradique Ferreira, dois irmãos com cinco anos de diferença e o mesmo amor pela música. Começaram por cantar covers, conquistado os primeiros fãs em França. O primeiro álbum de originais, Bomu Kêlê, data de 2015. Dois anos depois, os Calema lançaram A Nossa Vez, cujo primeiro single alcançou 50 mil visualizações no Youtube no dia de lançamento. Esse sucesso repercutir-se em 2018, um ano atarefado para os dois irmãos com mais de 100 concertos dados em 12 países, como o Reino Unido ou o Luxemburgo. O ponto alto da digressão foi, contudo, em Lisboa, onde esgotaram o Coliseu dos Recreios.

Ana Cláudia

“Inércia”

Às vezes os primeiros são os últimos. Foi assim com Ana Cláudia, que subiu ao palco em primeiro lugar mas que acabou por ficar em último na pontuação. Licenciada em Jazz pela Escola Superior de Música de Lisboa, estreou-se na música com as Tucanas. Criado em 2005, este grupo de percussão e voz no feminino tem dois discos de originais: Maria Café, em 2008, e De Outono, em 2014. Este último levou-as ao Vodafone Mexefest. A música que Ana Cláudia interpretou nesta primeira semifinal, “Inércia”, foi composta pelos D’Alva.