O jovem filmado num incidente com um ancião índio da tribo Omaha processou o The Washington Post pela cobertura que o jornal fez desse episódio, noticia o Politico. Nicholas Sandmann, estudante de 16 anos numa escola no estado de Kentucky, foi filmado com um boné com a mensagem “Make America Great Again” num incidente que também envolveu um nativo norte-americano que cantava e tocava um tambor indígena à margem da Marcha dos Povos Indígenas perto do Lincoln Memorial. O vídeo foi noticiado pelo The Washington Post em janeiro. Agora, o jovem pede 250 milhões de dólares (quase 221 milhões de euros) por “danos”.

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Macartismo, do inglês “McCarthyism” é a prática de acusar alguém de traição e vem dos tempos em que o senador republicano Joseph McCarthy promoveu uma patrulha anticomunista contra a espionagem por agentes da União Soviética nos anos 50.

A notícia foi avançada numa publicação feita no site dos advogados de Nicholas Sandmann. Segundo eles, “num intervalo de três dias, em janeiro deste ano, e a começar a 19 de janeiro, o Washington Post entrou numa forma moderna de macartismo ao competir com a CNN e a NBC, entre outros, para reivindicar a liderança de uma mobilização generalizada nas redes sociais de bullies que atacaram, vilipendiaram e ameaçaram Nicholas Sandmann, um menor inocente de uma escola secundária”.

Depois das imagens inciais, surgiram outros vídeos que lançaram dúvidas sobre as primeiras notícias, segundo os quais o rapaz estaria a confrontar o índio.Percebeu-se então que havia um terceiro grupo, formado por quatro ou cinco elementos do grupo Israelitas Hebreus Negros — e esse grupo está na origem do momento de tensão na capital norte-americana, como o Observador explicou na altura.

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Provocação ou exagero? Novas imagens lançam dúvidas sobre incidente com índio

Os advogados de Nicholas Sandmann acusam o Washington Post de ter atacado e maltratado Nicholas Sandmann “porque ele era o estudante branco e católico”, quando afinal terá sido “confrontado inesperadamente por Nathan Phillips, um conhecido ativista nativo norte-americano, que batia num tambor e cantava alto a centímetros do seu rosto”. “O The Post ignorou as normas básicas do jornalismo porque queria avançar com a sua agenda tendenciosa, bem conhecida e facilmente documentada contra o presidente Donald J. Trump ao impugnar indivíduos considerados apoiantes do presidente”, acusam eles.

A defesa de Nicholas Sandmann fixou o valor da indemnização em 250 milhões de dólares por este ser o mesmo valor que Jeff Bezos, presidente da Amazon e considerado o homem mais rico do mundo, pagou ao The Post quando a Nash Holdings comprou o jornal em 2013. A indemnização, segundo eles, serve para “compensar inteiramente o Nicholas pelos danos” e “para castigar, deter e ensinar uma lição ao The Post que o jornal nunca mais vai esquecer”.