Armando Vara deixou de ter oficialmente a insígnia de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique que lhe tinha sido concedida em 2005, era Presidente da República Jorge Sampaio. O motivo da retirada é justificado, em Diário da República, pelo Conselho das Ordens Nacionais que deliberou neste sentido no último dia de janeiro.

O nome de Vara já não aparece na pesquisa dos membros das ordens honoríficas disponível no site da Presidência da República. A irradiação é automática, de acordo com a lei, “por sentença judicial transitada em julgado, tenham sido condenados pela prática de crime doloso punido com pena de prisão superior a 3 anos”. Ficou agora “efetivada”, de acordo com a publicação em Diário da República.

Armando Vara está na prisão de Évora desde 16 de janeiro, depois de se ter entregado para cumprir a pena de prisão de 5 anos de prisão a que foi condenado no processo Face Oculta. O ex-ministro socialista foi condenado por três crimes de tráfico de influências.

A condecoração de Armando Vara com a Ordem do Infante D. Henrique, em 2005, deveu-se ao seu empenho, como ministro da Juventude e do Desporto, no início da candidatura de Portugal à realização do Euro 2004. Mas no momento em que Jorge Sampaio decidiu a sua condecoração, a par de José Sócrates e de José Luís Arnaut — que também trabalharam pela mesma candidatura vencedora –, Vara decidiu faltar à cerimónia, recusando-se a receber a insígnia das mãos do Presidente. Nessa altura já estava muito afastado de Jorge Sampaio devido à pressão que o chefe de Estado tinha feito em 2000 para que Vara fosse demitido do Governo na sequência da polémica Fundação para a Prevenção e Segurança Rodoviária.

A história completa da ascensão, queda e prisão de Armando Vara

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