O presidente da Associação Montepio, Tomás Correia, disse, em entrevista à TSF, que a norma interpretativa aprovada no Parlamento para a Autoridade De Seguros e Fundos de Pensões (ASF) avaliar a idoneidade dos gestores mutualistas foi elaborada para que fosse feita a avaliação a um homem: ele próprio. Nessa entrevista — que só será publicada na íntegra este fim-de-semana em conjunto com o Diário de Notícias e o Dinheiro Vivo — Tomás Correia diz que ainda tem “de ver o diploma e perceber o que está em causa”, mas questionado sobre se a lei foi feita a pensar em si, o gestor atira: “Não tenho dúvida nenhuma, olhando para o que sai na comunicação social, que parece que sim“.

Tomás Correia destaca que desconhece os detalhes da nova interpretação da lei, e que a “única coisa” que tem “assistido é a todo um conjunto de intervenções, muito pouco precisas, exclusivamente dirigidas a uma pessoa que, bom, pode desembocar aqui na publicação de um diploma, ao que parece vai ser”.

Ao referir que o diploma se destina unicamente a lidar com o seu caso, Tomás Correia insinua que se tratará de uma legislação ad hominem, o que pode indiciar que essa será a sua linha de defesa jurídica.

O presidente da Associação Mutualista disse ainda que não vê  nenhuma “razoabilidade na discussão” que tem existido “na praça pública, no Parlamento, a partir de membros do Governo” sobre a sua idoneidade.

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