“A endogamia de um país pequeno com uma classe dirigente pequena chegou ao extremo”. O tema está na ordem do dia e já mereceu destaque do outro lado da fronteira. O El País destacou esta segunda-feira, 25 de março de 2019, as acusações feitas ao governo de António Costa “cheio de família” pelas excessivas relações familiares entre membros do Executivo. A mesma publicação considerou que “o problema era comum na política portuguesa, mais do que pelas relações familiares, pela repetição de políticos em cargos de poder.

O jornal espanhol destaca a relação entre Mariana Vieira da Silva (ministra da Presidência e da Modernização Administrativa) e José António Vieira da Silva (ministro do Trabalho) — pai e filha — e entre Eduardo Cabrita (ministro da Administração Interna) e Ana Paula Vitorino (ministra do Mar) — marido e mulher.

Há relações familiares “abundantes” na bancada do Bloco?

O El País destacou as acusações feitas pelos líder do PSD e do Bloco de Esquerda, respetivamente Rui Rio e Catarina Martins, sublinhando ainda as declarações do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que defendeu a habilidade e independência dos membros do governo. Também as acusações do presidente do Partido Socialista, Carlos César, relativas às “relações abundantes” no BE foram noticiadas.

O foco passou depois para a história da política portuguesa: “A endogamia política em Portugal não é nova”. O jornal sublinhou que “hoje sentam-se no Conselho de Ministros responsáveis políticos que já o eram com António Guterres ou com José Sócrates“.

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