Tanto a mulher como o irmão do ex-Secretário de Estado da Defesa e deputado do Partido Socialista Marcos Perestrello desempenham cargos por nomeação governamental. A notícia foi avançada esta segunda-feira pela revista Visão, a que a Sábado deu seguimento. Segundo as publicações, desde novembro de 2018 que Sara Perestrello de Vasconcellos é chefe de gabinete da ministra da Cultura, Graça Fonseca. Antes, em janeiro de 2018, Miguel Perestrello de Vasconcelos fora nomeado pelo ministro do Trabalho e Segurança Social, António Vieira da Silva — em conjunto com o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo — como vogal da direção da Movijovem.
Sara Perestrello de Vasconcellos foi assessora do secretário de Estado da Proteção Civil, quando Costa era Ministro da Administração Interna, no primeiro governo de José Sócrates. Foi ainda assessora de António Costa enquanto este cumpria funções como ministro da Justiça no segundo governo de António Guterres.
A mulher de Marcos Perestrello passou ainda pela Câmara Municipal de Lisboa, durante a presidência do atual primeiro-ministro, sendo depois nomeada diretora de Lojas e Espaços Cidadão, na Agência para a Modernização Administrativa, antes de se tornar chefe de gabinete de Graça Fonseca. Sara Perestrello de Vasconcellos licenciou-se em gestão de empresas pela Universidade Moderna, obtendo depois um mestrado em Marketing na Universidade Técnica de Lisboa.
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Já Miguel Perestrello de Vasconcelos assumiu funções no Turismo de Portugal entre 2005 e 2013, passando depois (em agosto de 2015 e março de 2017) pela Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, ao cargo de Miguel Coelho, do Partido Socialista. Como indica a mesma publicação, o currículo do irmão de Marcos Perestrello não foi divulgado com a nota de nomeação para a Movijovem, como é prática corrente.
Marcos Perestrello foi secretário de Estado da Defesa Nacional de Portugal, de 26 de novembro de 2015 a 17 de outubro de 2018. Antes, no governo de José Sócrates, fora secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, de 2009 a 2011. Foi eleito pela primeira vez como deputado em 2005, função que retomou após outubro de 2018.