911kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Fogo em Oliveira de Azeméis agravou com o vento. Governo declara situação de alerta em todo o país

Este artigo tem mais de 5 anos

Depois de um atenuar da situação a meio da manhã, quando o fogo chegou a ter apenas uma frente ativa, mas houve reacendimentos. Governo declarou situação de alerta até domingo.

Segundo o IPMA, o concelho de São Brás de Alportel, no distrito de Faro, apresenta esta terça-feira um risco máximo de incêndio e outros 22 estão em risco muito elevado
i

Segundo o IPMA, o concelho de São Brás de Alportel, no distrito de Faro, apresenta esta terça-feira um risco máximo de incêndio e outros 22 estão em risco muito elevado

NUNO VEIGA/LUSA

Segundo o IPMA, o concelho de São Brás de Alportel, no distrito de Faro, apresenta esta terça-feira um risco máximo de incêndio e outros 22 estão em risco muito elevado

NUNO VEIGA/LUSA

Cerca de 380 operacionais com mais de uma centena de viaturas combatiam na madrugada de quarta-feira um incêndio florestal que deflagrou pelas 3h30 de terça-feira na freguesia de Pinheiro da Bemposta, concelho de Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro. O incêndio chegou a ter quatro fontes ativas e uma delas esteve descontrolada, ameaçando as casas perto da zona. O presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis disse que o incêndio foi intensificado pelos ventos fortes e exigiria particular atenção às povoações durante a noite.

O incêndio foi dado como dominado às 23:00, revelou fonte do comando das operações. “O fogo já está dominado e temos agora 100% do perímetro do incêndio controlado, já em fase de rescaldo”, declarou à agência Lusa o 2.º comandante dos Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis, Fernando Maciel.

Depois de um atenuar da situação a meio da manhã de terça-feira, quando o fogo chegou a ter apenas uma frente ativa, os reacendimentos verificados entretanto voltaram a implicar o combate às chamas em quatro faces. O fogo chegou a ser combatido por 459 bombeiros e 136 meios terrestres.

“Estamos com um problema muito sério para resolver porque o incêndio ficou com uma nova frente, em resultado dos ventos muitos fortes e da propagação para poente, e o fogo está a atingir uma dimensão muito grande, muito intensa, com os meios aéreos a concentrarem-se neste local”, declarou à Lusa o presidente da autarquia e responsável pelo serviço local de Proteção Civil, Joaquim Jorge Ferreira, a meio da tarde.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O fogo consomiu área florestal do Pinheiro da Bemposta, de Palmaz e de Travanca, e o segundo-comandante do CDOS de Aveiro admitiu que se podia alastrar a outras freguesias. Os ventos fortes que se faziam sentir na região podem ter contribuido para o agravamento da situação.

O autarca disse que não havia “pessoas em risco”, com o Comando Distrital de Operações de Socorro de Aveiro a confirmar que só foi evacuada uma habitação isolada destinada a armazenamento de alfaias agrícola. Admite, no entanto, que a defesa da população irá implicar “atenção redobrada durante a noite, na tentativa de se antecipar a orientação do fogo e procurar garantir que ele não evolui para zonas habitadas”. Referindo que “continuam a chegar ao local diversos meios” de combate ao fogo, Joaquim Jorge Ferreira acrescenta: “Isto ainda está para durar”.

Governo declara situação de alerta até domingo

Os ministros da Administração Interna e da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural assinaram esta terça-feira o despacho que determina a declaração da situação de alerta face ao agravamento do risco de incêndio florestal no país e às previsões meteorológicas para os próximos dias.

Face às previsões meteorológicas para os próximos dias, que apontam para um significativo agravamento do risco de incêndio florestal no território do Continente, e considerando a decisão da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, que determinou a passagem do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais ao Estado de Alerta Especial Amarelo em todos os distritos, os Ministros da Administração Interna e da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural assinaram hoje o Despacho que determina a Declaração da Situação de Alerta”, referiu o MAI em comunicado.

A situação de alerta vai abranger todos os distritos do Continente entre as 00h00 desta quarta-feira, dia 27, e as 23h59 de domingo, dia 31 de março, e vai implementar as seguintes medidas:

  • “Elevação do grau de prontidão e resposta operacional por parte da GNR e da PSP, com reforço de meios para operações de vigilância, fiscalização, patrulhamentos dissuasores de comportamentos de risco e de apoio geral às operações de proteção e socorro que possam vir a ser desencadeadas;
  • Proibição da realização de queimadas, de queimas de sobrantes de explorações agrícolas e florestais e de ações de gestão de combustível com recurso à utilização de fogo;
  • Dispensa dos trabalhadores dos setores público e privado que desempenhem cumulativamente as funções de bombeiro voluntário, nos termos do artigo 26.º do Decreto-Lei n.º 241/2007″.

Na segunda-feira, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) emitiu um aviso à população sobre o perigo de incêndio rural, devido à manutenção de temperaturas acima do habitual para a época e “acentuado aumento da intensidade do vento”.

A ANPC avisa que o cenário meteorológico “traduz-se num aumento dos índices de risco de incêndio até quarta-feira, com condições favoráveis à rápida propagação de incêndios em todo o território continental”, com níveis de risco elevado e muito elevado.

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a temperatura máxima está acima dos valores normais para a época do ano, com valores entre 25ºC e 28ºC nas regiões centro e sul e entre 20ºC e 25ºC na região norte. Está previsto igualmente um aumento da velocidade do vento, do quadrante de leste, com rajadas até 40 km/h e rajadas até 65 km/h no litoral a norte do Cabo Mondego durante a noite e manhã de terça-feira, e no Algarve a partir do fim da tarde.

Face a estas previsões, a ANPC lembra que a queima de matos cortados e amontoados e de qualquer tipo de sobrantes de exploração está sujeita a autorização da autarquia local, devendo esta definir o acompanhamento necessário para a sua concretização, tendo em conta o risco do período e zona em causa.

A ANPC recomenda também a “adequação dos comportamentos e atitudes face à situação de perigo de incêndio rural, nomeadamente através da adoção das necessárias medidas de prevenção e precaução, na utilização do fogo em espaços rurais”. Segundo IPMA, o concelho de São Brás de Alportel, no distrito de Faro, apresenta esta terça-feira risco máximo de incêndio e outros 22 estão em risco muito elevado.

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça até artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.