Três anos depois dos “Papéis do Panamá”, os 22 Estados envolvidos neste escândalo tentacular de evasão fiscal conseguiram até agora recuperar 1,2 mil milhões de dólares (1,07 mil milhões de euros), foi esta quarta-feira anunciado.

O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ), que esteve na origem das revelações, precisou num comunicado que o Reino Unido foi o país que maior quantidade de dinheiro recuperou, designadamente 252 milhões de dólares (cerca de 225 milhões de euros), seguido pela Alemanha, com 193 milhões de dólares (172,3 milhões de euros), e pela França, com 136 milhões de dólares (121,4 milhões de euros).

O número total é “suscetível de aumentar“, sublinha o ICIJ num comunicado.

“Os ‘Papéis do Panamá’ não só terão permitido aos governos recuperarem fundos escondidos (…), como também permitiram, a mais longo prazo, modificar comportamentos e atitudes dos cidadãos”, congratula-se o Consórcio no comunicado.

A divulgação pela imprensa internacional do escândalo dos “Panama Papers”, um vasto sistema de evasão fiscal orquestrado pelo escritório de advogados Panama Mossack Fonseca, mobiliza há três anos a justiça em numerosos países.

A investigação, realizada por uma centena de jornais, revelou a presença em paraísos fiscais de bens detidos nomeadamente por 140 responsáveis políticos, estrelas do futebol ou milionários, provocando uma onda de choque mundial.

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