O presidente francês, Emmanuel Macron, recusa adiamento do Brexit sem que o governo britânico apresente um plano credível. Na opinião de Macron, na carta que Theresa May enviou aos líderes europeus e a Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, “não se oferece nada credível”.

Depois de nenhuma das propostas apresentadas na Câmara dos Comuns ter sido aceitada — nem a do próprio governo, nem as dos votos indicativos — a primeira-ministra britânica pediu, agora, um novo adiamento para a saída do Reino Unido — até 30 de junho –, numa carta enviada ao Conselho Europeu, presidido por Donald Tusk, e para os principais líderes europeus.

Mas o líder do governo francês, Emmanuel Macron, já reagiu à carta e ao pedido recebidos. Em comunicado oficial divulgado pela presidência francesa, Macron diz que a carta, por si só, de nada serve enquanto o Reino Unido não encontrar um plano credível para o Brexit. “Evocar uma extensão é um pouco prematuro, uma vez que os 27 puseram como condição clara que um tal pedido teria de ser justificado por um plano claro”, disse, em comunicado.

Macron acrescentou, ainda, que se o Reino Unido quer que a França aceite este pedido, então espera por “um plano credível da parte dos britânicos até ao Conselho Europeu do próximo dia 10 de abril”, referindo que a “extensão é um instrumento e não uma solução em si”.

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Outros líderes já reagiram à carta de May, como o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte. Para Rutte, “a carta de Theresa May suscita muitas questões que têm de ser discutidas”, dando o mesmo prazo de Macron para receber algo mais credível, quarta-feira, dia 10.

Caso não haja qualquer acordo ou entendimento para se adiar o Brexit, o Reino Unido sairá mesmo da União Europeia, sem acordo, a 12 de abril. Um cenário para o qual os estados membros e organismos europeus se estão a preparar.

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