As urnas para as eleições na Indonésia encerraram com os principais candidatos, Joko Widodo e Prabowo Subianto, a mostrarem-se otimistas na vitória, naquela que foi a maior eleição presidencial direta do planeta.
Os votos dos mais de 192 milhões de eleitores já começaram a ser contados, em público, por funcionários eleitorais, que mostram cada boletim a fiscais dos partidos e das candidaturas, observadores e a quem queira acompanhar a contagem.
Os resultados poderão demorar algum tempo até serem conhecidos, tendo o Tribunal Constitucional decidido que as sondagens à boca das urnas -primeira indicação do resultado – só poderão ser revelados duas horas depois do encerramento da votação.
Horas antes, tanto o atual Presidente, Joko Widodo, como o seu principal rival, Prabowo Subianto, se mostraram otimistas quanto à vitória, no ato eleitoral que decorreu sem incidentes no vasto arquipélago.
Joko Widodo, que pretende renovar o mandato, votou esta quarta-feira de manhã na sua estação de voto no centro de Jacarta, ao mesmo tempo que, no norte da cidade, votava o seu companheiro na candidatura, Ma’ruf Amin (candidato a vice-presidente).
Questionado pelos jornalistas que acompanharam o seu voto, Jokowi, como é conhecido, disse que continuava otimista “depois do trabalho feito durante a campanha”, mas ressalvando que “é preciso esperar”.
Prabowo Subianto, o ex-general indonésio, e o seu candidato a vice-presidente, Sandiaga Uno, votaram pouco tempos antes, respetivamente, em Hambalang, Java Ocidental e no sul de Jacarta.
“Sinto-me otimista. Estimamos que vamos vencer com 63 por cento”, disse Prabowo aos jornalistas. As sondagens dão ampla vitória a Joko Widodo.
“Se a eleição se realizar com honestidade, não haverá problemas”, disse Prabowo, cuja equipa de campanha levantou dúvidas sobre as listas de eleitores, alegando que 17,5 milhões de nomes na lista são problemáticos.
Além do Presidente e vice-Presidente, os eleitores escolhem os 711 membros das duas câmaras da Assembleia Consultiva Popular (MPR), 575 no Conselho Representativo Popular (DPR) e 136 no Conselho Representativo Regional (DPD).
Em jogo estão ainda mais de 19.500 lugares em mais de 2.000 distritos eleitorais legislativos a nível regional, municipal e local. Há 16 partidos concorrentes, quatro estreantes.
Dados da Comissão Nacional de Eleições (KPU) notam que os 192,8 milhões de eleitores podem escolher entre mais de 245 mil candidatos a 20.528 lugares no parlamento nacional, em estruturas legislativas nas 34 províncias e em mais de 500 distritos e municipalidades.