É uma das figuras cimeiras da cultura britânica, já foi condecorado com o título de “sir” mas está tudo menos satisfeito com o rumo recente do Reino Unido. O cantor, compositor e pianista inglês Elton John afirmou num concerto estar “envergonhado” do seu país “pelo que fez”, estar “farto até à morte do Brexit” e reclamou o estatuto de europeu, rejeitando nacionalismos:

Estou envergonhado do meu país pelo que fez. Dilacerou e dividiu as pessoas. Estou farto até à morte dos políticos, especialmente dos políticos britânicos. Estou farto até à morte do Brexit. Sou um europeu, não sou um idiota inglês estúpido, colonialista e imperialista”, apontou o músico.

Os comentários de Sir Elton John — citados pelo jornal inglês The Guardian — foram feitos durante um concerto em Verona, Itália, no âmbito da sua digressão Farewell Yellow Brick Road, anunciada como a última da sua carreira. O autor de êxitos como “Candle in the Wind”, “Bennie and the Jets” e “Goodbye Yellow Brick Road” tem 72 anos e foi o objeto de um novo filme, biográfico mas ficcional, inspirado no seu percurso inicial na música, chamado “Rocketman”.

O filme já deu alguma polémica. Na Rússia, algumas cenas de teor homossexual foram censuradas para o filme poder ser exibido sem violar as leis anti-“propaganda gay” do país. Na rede social Twitter, o músico já reagiu, rejeitando “da forma mais forte possível a decisão” de censurar o filme no mercado russo, “uma decisão que desconhecíamos até hoje”.

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O distribuidor local ter achado necessário editar certas cenas, negando ao público a oportunidade de ver o filme tal como foi pensado, é um reflexo triste do mundo dividido em que ainda vivemos e como ainda pode tão cruelmente não aceitar o amor entre duas pessoas”, referiu ainda Elton John.

O brilhante Elton, o louco Elton, o destemido Elton: estão todos em “Rocketman”