A 5 de agosto, no primeiro encontro oficial da temporada, Bernardo Silva foi titular e cumpriu os 90 minutos em Wembley na vitória do Manchester City frente ao Chelsea por 2-0 com bis de Kun Agüero (13′ e 58′). No final, Pep Guardiola, técnico vencedor, não teve dúvidas em destacar a figura do encontro, aquele que não tinha nem marcado nem assistido. “A exibição do Bernardo hoje foi fenomenal. Neste momento é ele e mais dez, embora o mais importante seja o rendimento ao longo de toda a época. Mas nesta altura ele está bem acima dos restantes colegas”, referiu o espanhol. Dez meses depois, o rendimento está lá e o português fechou da melhor forma a melhor temporada na carreira até ao momento.

Heróis da relva, nobres, valentes e imortais (a crónica da final da Liga das Nações)

Depois de ter sido um dos melhores no triunfo frente à Suíça, o esquerdino fez a assistência para Gonçalo Guedes que decidiu a final da Liga das Nações diante da Holanda. “Já não me lembro quem é que fez o passe, depois ouvi o Guedes a gritar ‘Bernardo, Bernardo’. Foi uma grande finalização”, explicou na zona de entrevistas rápidas após o jogo. No final, Bernardo Silva seria ainda eleito o MVP da Final Four da competição, passando pela sala de imprensa para comentar essa distinção. “Sem dúvida que é um grande orgulho ganhar esta Liga das Nações. Foi muito difícil chegar aqui, num grupo com Itália e Polónia, tivemos depois de eliminar a Suíça e vencer na final a Holanda, que fez uma grande carreira. Foi uma grande época para mim, estou orgulhoso pelo meu primeiro título por Portugal e agora é tempo de festejar, descansar e preparar a nova época”, disse.

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Esta foi a sétima assistência do jogador em jogos por Portugal desde 2016, depois de Gibraltar (duas), Ilhas Faroé, Suíça, Argélia, Suíça e Holanda, esta noite, na final da Liga das Nações. Nesta nova competição da UEFA, Bernardo Silva marcou presença em cinco dos seis jogos com Itália, Polónia, Suíça e Holanda, falhando apenas a receção à Polónia.

Ao todo, o jogador de 24 anos que se voltou a destacar como o líder de uma nova geração de valores que se vai afirmando entre as opções iniciais da Seleção terminou a temporada com um total de 59 encontros oficiais realizados entre Manchester City e Portugal entre agosto e junho, tendo conquistado cinco troféus: depois da Supertaça, venceu a Taça da Liga (de novo com o Chelsea, nas grandes penalidades), conquistou o primeiro bicampeonato da história do clube após uma luta sem tréguas com o Liverpool até à última jornada, ganhou a Taça de Inglaterra com uma goleada ao Watford e acabou agora com a Liga das Nações, o primeiro título por Portugal devido a uma lesão que o afastou das escolhas no Europeu de 2016.

Bernardo Silva passou assim a somar 11 títulos na carreira: três em Portugal pelo Benfica (um Campeonato, uma Taça de Portugal e uma Taça da Liga), um em França pelo Mónaco (um Campeonato), seis pelo Manchester City (dois Campeonatos, uma Taça de Inglaterra, duas Taças da Liga e uma Supertaça) e um por Portugal (Liga das Nações). E houve mais um elogio que chegou de Inglaterra, mais concretamente via Sky Sports, que se destacou esta noite: Jamie Redknapp, antigo internacional inglês que se destacou ao longo de mais de uma década no Liverpool, colocou o nome de Bernardo Silva como possibilidade a ter em conta como futuro capitão do Manchester City depois da saída de Vincent Kompany.