Três homens e uma mulher, entre os 40 e os 65 anos, foram detidos pela Polícia Judiciária por corrupção no local onde trabalhavam. A TVI avança que eram altos funcionários de um Pingo Doce. Segundo o comunicado avançado esta quarta-feira pela PJ, as autoridades apreenderam em 18 buscas na zona da Grande Lisboa 400 mil euros em dinheiro e vários carros topo de gama numa operação que apelidaram de “Rappel”.

A PJ refere em comunicado que as suspeitas do crime foram denunciadas pela própria entidade patronal que “colaborou amplamente com a investigação”. A TVI refere que dois dos suspeitos são funcionários que terão recebido mais de um milhão de euros em subornos de uma empresa de fornecimento à qual era dada prioridade para a compra de peixe fresco para os supermercados Pingo Doce — em detrimento de concorrentes com propostas mais competitivas, lesando financeiramente a Jerónimo Martins.

Além dos quatro detidos, há ainda outros seis funcionários da Jerónimo Martins constituídos arguidos, entre eles um funcionário que exerce funções na Polónia, diz a TVI. A Jerónimo Martins, que detém o Pingo Doce, confirmou entretanto em comunicado que em território nacional o caso aconteceu na plataforma logística da Azambuja. “As alegadas práticas terão sido levadas a cabo em benefício próprio dos autores e em grave prejuízo da empresa”. Mas fala apenas em cinco colaboradores “presumivelmente implicados”, que entretanto foram suspensos.

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