Depois de ser reeleito secretário-geral da Federação Nacional dos Professores com 97,35% dos votos, Mário Nogueira, encerrou o 13.º congresso da federação sindical com críticas a Marcelo Rebelo de Sousa e a garantia que a luta pela contagem do tempo de serviço dos professores vai continuar.
O secretário-geral da Fenprof prometeu que os próximos desafios serão de luta pelos direitos dos professores e o rejuvenescimento da profissão, disse que os docentes não irão abdicar do tempo de serviço congelado e referiu-se a declarações do Presidente da República como “uma vergonha”.
Os professores reivindicam a contagem de nove anos, quatro meses e dois dias (9.4.2) de tempo de serviço congelado e alguns docentes confrontaram o chefe de Estado com a questão, em Portalegre na semana passada, tendo Marcelo Rebelo de Sousa ironizado com os números.
Hoje, no final do congresso, Mário Nogueira disse aos professores que a Fenprof tinha convidado o Presidente da República, que num primeiro momento respondeu que oportunamente responderia.
Mas, depois, acrescentou Mário Nogueira, “a última coisa que o ouvimos dizer em Portalegre, há dias, foi que 9.4.2 para número de telefone ainda faltavam alguns dígitos.
“Este Presidente não é Presidente de todos os portugueses. É uma vergonha o que ele disse sobre os professores e que isso fique registado”, salientou.
No discurso de encerramento, Mário Nogueira falou das conquistas recentes da classe, mas também deixou duras críticas ao Governo socialista. Na apresentação dos convidados, a representação do BE foi a mais aplaudida, enquanto a do PS foi assobiada pelos professores.