A seleção norte-americana de futebol feminino, que se sagrou campeã do mundo, não irá à Casa Branca caso seja convidada, repetiu Megan Rapinoe, em entrevista à estação televisiva CNN. A capitã já havia afirmado há duas semanas que não o faria, mesmo sem ter confirmação de convite por parte do presidente Trump.

“Eu não irei. E creio que a restante equipa com que falei explicitamente sobre isso também não”, referiu a ‘estrela’ das campeãs do mundo, autora do primeiro golo na final do campeonato do mundo, frente à Holanda (2-0), no domingo, na conversão de uma grande penalidade.

Segundo a avançada dos Seattle Reign, uma ida à residência presidencial seria “uma oportunidade para a administração” Trump “exibir” a seleção, que assegurou o quarto título mundial para os Estados Unidos, o segundo consecutivo.

“Eu acho que não faz sentido para nós. Não consigo imaginar que alguma das minhas colegas de equipa queira estar nesta situação”, acrescentou a melhor jogadora e melhor marcadora do Mundial.

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Como Megan Rapinoe foi de nota de rodapé a capa de revista: entre Kaepernick, Trump e o hino nacional

Questionada sobre se teria algo a dizer ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Rapinoe respondeu diretamente: “Eu penso que lhe diria que a sua mensagem exclui pessoas. Você exclui-me. Você exclui pessoas que são importantes para mim”.

Trump disse que convidaria a seleção para a Casa Branca, independentemente do desfecho do campeonato, tendo dirigido uma mensagem a Rapinoe no seu Twitter: “A Megan nunca devia faltar ao respeito ao nosso país, à Casa Branca e à nossa bandeira”.

A seleção norte-americana é esperada esta quarta-feira em Nova Iorque, onde as jogadoras devem ser recebidas por milhares de pessoas, nas ruas de Manhattan. Esta é a segunda vez que uma equipa feminina é ‘convidada’ para uma parada na cidade, tal como ocorreu após a conquista do título mundial em 2015.