O engenheiro Nuno Freitas foi nomeado pelo Governo para presidente da CP, sucedendo a Carlos Gomes Nogueira (que estava em funções desde junho de 2017), avança o ECO. A nomeação será formalizada no Conselho de Ministros desta quinta-feira.

Nuno Freitas esteve na EMEF, a empresa de manutenção da CP. Era atualmente diretor-geral da Nomad Tech, que é detida em 35% pela EMEF.

Segundo o mesmo jornal online, a escolha é justificada com a intenção de Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e da Habitação (MIH), de reativar a indústria nacional — e as oficinas da EMEF –, através da criação de um centro tecnológico ferroviário.

O engenheiro sucede a Carlos Gomes Nogueira, nomeado pelo Governo em junho de 2017, para um mandato de três anos, “renovável até ao máximo de três renovações”, segundo a Resolução do Conselho de Ministros. Gomes Nogueira sai, assim, um ano antes do fim do mandato.

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O ECO avança ainda que o Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira o alargamento do conselho de administração da CP para cinco elementos. Da atual equipa, apenas se mantém Ana Malhó, administradora com o pelouro financeiro da empresa. Vão ainda fazer parte do conselho de administração Pedro Moreira, que atualmente faz parte da direção de manutenção de Contumil, Pedro Ribeiro e Isabel Ribeiro, ambos da CP Norte.

Os nomes foram apontados depois de, no final de junho, o Governo ter aprovado um novo plano estratégico da CP, que previa a contratação de 187 trabalhadores e um investimento plurianual de 45 milhões de euros. O objetivo era aumentar a capacidade das oficinas e recuperar material circulante.

“Mais de 20 anos de experiência nos sistemas ferroviários”

Nuno Freitas tem “mais de 20 anos de experiência nos sistemas ferroviários”, pode ler-se na biografia, no site da Nomad Tech. É licenciado em engenharia eletrónica pela Universidade de Aveiro e completou um MBA na Universidade Católica Portuguesa. Entrou na EMEF em 1996, como engenheiro de produção, tendo subido a adjunto do diretor da manutenção no Norte, em 2002.

Segundo o Público, até 2009, foi responsável pela operacionalização da nova frota da CP de comboios de pendulares. A partir de 2013, nas oficinas de Contumil, no Porto, tratou da implementação de um método inovador de gestão da manutenção.