Os gostos nas publicações presentes no Instagram foram “escondidos” nesta quarta-feira, no Brasil. Para já é só um teste e não abrangeu todos os utilizadores. O país é agora o segundo em que a rede social ocultou os gostos, depois do Canadá. Mais cinco países passarão pelo mesmo: Austrália, Irlanda, Itália, Japão e Nova Zelândia, anunciou a empresa num post no Twitter.

A proposta criada pelo Facebook, proprietário da aplicação Instagram desde 2012, visa aumentar a reflexão sobre os efeitos na saúde mental de jovens, os maiores adeptos das redes sociais, e demonstrar a sua preocupação com o bem-estar dos utilizadores.

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“Nós queremos que os teus colegas se foquem nas fotos e vídeo que publicas, não em quantos ‘gostos’ ela atinge”, frisou o Instagram numa publicação no Twitter. Adicionou ainda que é possível cada um ter acesso à quantidade de reações que os seus posts atingiram numa ferramenta criada exclusivamente para esta contagem, sendo acessível apenas para os autores dos posts.

Um estudo feito em maio de 2017 pela instituição britânica Royal Society for Public Health concluiu que a aplicação Instagram “é a pior para a saúde mental de jovens”, sendo mais viciantes que “álcool e cigarro”. Depois da publicação do relatório, o Information Commisioner’s Office do Reino Unido recomendou a exclusão da ferramenta de contagem de gostos na rede social.

Recentemente, também a conceituada revista norte-americana The Atlantic alertou para a existência de perfis de influenciadores que publicavam conteúdos que diziam ser patrocinados por empresas e não o eram, já que o facto daria mais prestígio aos seus perfis.

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Com a pressão das organizações de saúde e a crescente discussão na internet sobre os efeitos da utilização das redes sociais, o Instagram decidiu eliminar a ferramenta de contagem, o que fará progressivamente.

A medida, aplicada nesta quarta-feira no Brasil, apesar de não ter atingido todos os utilizadores, causou diversas reações nas redes sociais brasileiras.