Frederico Carvalho Gil, o espião condenado por espionagem em benefício da Rússia e por corrupção passiva, está em prisão domiciliária e continua a receber ordenado de 2.500 euros (líquidos), pago pelo Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), noticia o Diário de Notícias esta quarta-feira.

Esta é uma situação que está, segundo o jornal, a gerar perplexidade porque em casos anteriores já houve suspensão do pagamento do salário a altos funcionários só por estes terem sido constituídos arguidos em processos, antes de ser produzida qualquer acusação ou condenação. Foi o caso, por exemplo, dos processos relacionados com o caso dos Vistos Gold, envolvendo o ex-presidente do Instituto de Registos e Notariado António Figueiredo e o ex-diretor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) Manuel Palos.

Carvalho Gil aguardou julgamento em prisão preventiva (em casa) e acabou por ser condenado em fevereiro de 2018 — a sete anos e quatro meses de prisão. Está a cumprir pena em casa, com pulseira eletrónica.

O espião “certinho” que foi apanhado a vender segredos à Rússia

Contactado pelo jornal, o SIRP não quis fazer quaisquer comentários.

Carvalho Gil entrou para os serviços de informação em 1987 e, na altura da sua detenção, estava no topo da carreira como oficial de informações.

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