A Federação Portuguesa do Táxi apelou esta quinta-feira ao Governo para que contemple o serviço público de transporte em táxi nos serviços mínimos a serem decretados caso avance a greve convocada pelos sindicatos dos motoristas.

Em comunicado, a FPT apela para que os táxis sejam contemplados na “rede de abastecimento de emergência” caso se concretize, a partir de 12 de agosto, a greve.

Respeitando o legítimo direito à greve, a FPT alerta que é da responsabilidade do Governo minimizar os efeitos que uma paralisação deste tipo pode representar no setor do táxi”, pode ler-se ainda no documento.

Os sindicatos dos motoristas que entregaram pré-aviso de greve com início em 12 de agosto e a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) não chegaram a acordo para serviços mínimos.

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O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), o Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) e a ANTRAM estiveram reunidos na quarta-feira na Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), para definir os serviços mínimos para a greve de agosto.

No pré-aviso de greve entregue pelos sindicatos eram propostos serviços mínimos de 25% em todo o país. Por sua vez, as empresas propunham 70% de serviços mínimos garantidos.

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, assegurou na quarta-feira que o Governo está “a trabalhar” na questão da greve dos trabalhadores dos transportes rodoviários e que os serviços mínimos “serão numa dimensão muito satisfatória”.

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Anteriormente, o ministro tinha defendido que os portugueses devem começar a “abastecer” as suas viaturas para “se precaverem” no caso de haver greve dos motoristas a partir de 12 de agosto.

Também na quarta-feira, a Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (Anarec) sublinhou a necessidade de ser garantida a segurança no acesso aos postos de abastecimento e às plataformas logísticas dos motoristas que não adiram à greve marcada para 12 de agosto.

Os representantes dos motoristas pretendem um acordo para aumentos graduais no salário-base até 2022: 700 euros em janeiro de 2020, 800 euros em janeiro de 2021 e 900 euros em janeiro de 2022, o que com os prémios suplementares que estão indexados ao salário-base daria 1.400 euros em janeiro de 2020, 1.550 euros em janeiro de 2021 e 1.715 euros em janeiro de 2022.