A Imosteps — Promoção Imobiliária SA, uma holding de Luís Filipe Vieira, tem uma dívida de de 54,3 milhões de euros ao Novo Banco e faz parte da lista de 60 grandes devedores que o banco está a tentar vender a fundos abutres internacionais. Segundo uma investigação da revista Sábado, todos os grupos que pertencem a esta lista acarretam potenciais riscos para os contribuintes portugueses, através de responsabilidades que estão a ser transferidas para o Fundo de Resolução.

É difícil seguir o rasto a todos os negócios desta empresa no ramo do imobiliário e da construção, área em que segundo os registo feito Portugal o grupo opera. A revista revela que há indícios de que parte dos negócios passem pelo Brasil mas indica que a maioria dos ativos tóxicos pertencem na verdade ao Grupo Espírito Santo (GES). Aliás, terá sido este o motivo que levou a que esta empresa, cuja dívida ao Novo Banco era até agora desconhecida, a ficar de fora do acordo de reestruturação que Luís Filipe Vieira assinou com o Benfica no final de 2017.

A proximidade entre Luís Filipe Vieira e Ricardo Salgado é conhecida e terá sido através “de um acordo de cavalheiros” que ficou estabelecido o tratamento que o Novo Banco ia dar à Imosteps, às suas dívidas e aos seus prejuízos. Da administração da empresa fazem ainda parte o filho do presidente do Benfica Tiago Vieira e outros dois sócios recorrentes de Vieira: José Pereira Gouveia e Almerindo de Sousa Duarte.

Assim, esta empresa deveria fazer parte do chamado BES mau. Além deste caso a revista dá ainda nota de que, à semelhança da Imosteps, há outros grupos que fazem parte desta lista de devedores, como as empresas de Manuel Matos Gil, de Bernardo Moniz da Maia ou de uma produtora de Paulo Branco.

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