Depois de seis homens terem sido detidos na sexta-feira por serem suspeitos de violarem uma rapariga de 18 anos em Bilbao, dois dos suspeitos continuaram em prisão enquanto os restantes quatro foram libertados sob condição de comparecerem diariamente no tribunal. À saída do tribunal, três dos argelinos comemoraram a sua libertação em frente às câmaras televisivas que se encontravam no local. E o gesto gerou várias críticas.
Segundo o jornal ABC — que se refere ao caso como “a Manada de Bilbao” –, algumas das palavras ditas pelos quatro homens foram “liberdade”, “Argélia”, “haxixe” e “droga”. Com alguma dificuldade em falar espanhol, disseram também: “Não f*** à bruta. Fala rapariga. Não rapariga, não f*** [se a rapariga dissesse que não, não teríamos relações sexuais]”. E acrescentaram: “Boa festa”.
Aquí tres de los seis santos varones acusados de violar grupalmente una joven en Bilbao.
"¡Libertad! ¡Argelia! Hachís, droga no mal. Buena fiesta, agur".
Curioso el buen rollo de la periodista para con ellos, la falta de reacción popular, la nula indignación en los medios… ????♂️ pic.twitter.com/5FxmPvnA2x
— Lope de Vega 2.0 ???????? (@lopedevegac) August 4, 2019
A agressão sexual terá ocorrido na passada quinta-feira, por volta das 23h. Depois do alegado ato, que ocorreu no parque central de Etxebarria, o grupo homens terá atirado 17 euros à vítima, deixando-a sozinha nos arbustos onde foi agredida. A libertação dos quatro homens gerou várias críticas e a própria Federação de Associações de Moradores de Bilbao considerou, citada pelo ABC, que “se os seis detidos participaram na violação, os seis devem ter o mesmo destino” e alertaram para o facto de a rapariga de 18 anos poder “atravessar a rua com os seus agressores”.
A cidade amanheceu com a notícia de que apenas dois dos seis indivíduos presos esta sexta-feira em Bilbao, como supostos autores de um ataque sexual em grupo a uma mulher de 18 anos foram mandados para a prisão de Basauri por ordem judicial. Os outros quatro foram libertados sob a condição de se apresentarem todos os dias no tribunal”, explicou a federação.
Ainda antes, a mesma federação referiu-se ao episódio como um “sentimento de impunidade dos agressores” e “repulsa pela pouca resposta institucional para lutar com outras violências”. “As condenações judiciais não exigiram uma mudança real de consciência destes homens”, acrescentaram em comunicado.
A agressão sexual terá acontecido na passada quinta-feira, por volta das 23h. Depois do alegado ato, que ocorreu no parque central de Etxebarria, o grupo homens terá atirado 17 euros à vítima, deixando-a sozinha nos arbustos onde foi agredida. A jovem deslocou-se ao hospital de Basurto pelo próprio pé, onde as lesões apresentadas foram consideradas próprias de uma agressão sexual. Foi também a jovem quem providenciou uma descrição física minuciosa dos alegados agressores à polícia basca, o que facilitou a rápida identificação e detenção dos suspeitos.