“Descansa em paz, Kanakota. Nenhum animal devia sofrer para entretenimento de turistas.” Kanakota era um jovem elefante asiático, de 18 anos, e morreu depois de fazer várias viagens a transportar turistas debaixo das temperaturas elevadas do Sri Lanka. O alerta foi dado pela associação Moving Animals que na rede social Twitter denunciou a morte do elefante.
Rest in peace, Kanakota. No animal should ever suffer for tourist's entertainment. That's why Moving Animals are working to make sure that Kanakota’s tragic story is told in international press. Learn more ⬇️ https://t.co/qO4IfCevZ9
— Amy Jones (@moving_animals) November 1, 2019
Na publicação do Twitter, a Moving Animals salienta que está a trabalhar para que a “história trágica” de Kanakota seja divulgada pela imprensa internacional, de forma a espalhar consciência sobre os maus tratos que estes animais sofrem. “Até que os turistas se recusem a andar de elefante, mais destes gigantes gentis vão continuar a sofrer e a colapsar de exaustão”, escreve, no seu site, a associação.
Segundo o jornal britânico Metro, Kanakota morreu a 16 de outubro, embora só na sexta-feira a Moving Animals tenha divulgado a sua história. Os relatos dos moradores é de que o elefante macho tinha passado as últimas horas a transportar turistas — por cerca de 30 euros, os turistas podem fazer a viagem no dorso do animal no trilho de Sigiriya que leva a uma antiga fortaleza e cujo trajeto demora uma hora.
No dia da sua morte, Kanakota já tinha feito três viagens e recusou-se a andar quando chegou a altura de dar início à quarta. O elefante colapsou, já depois de os turistas serem obrigados a sair de cima do animal, e já não se levantou.
“Foi iniciada uma investigação sobre a morte de Kanakota, mas o verdadeiro problema está nas leis de direitos dos animais do Sri Lanka, que não são atualizadas desde 1907. Como é um destino turístico popular, as leis são completamente inadequadas para lidar com os desafios atuais — uma pessoa considerada culpada de crueldade animal recebe uma multa de apenas 100 rúpias”, ou seja, cerca de 50 cêntimos, denuncia a associação.