O líder parlamentar comunista assumiu esta terça-feira a convergência com a CGTP/IN na defesa de um salário mínimo nacional de 850 euros, a fixar assim que possível, após reunião com aquela confederação intersindical, na Assembleia da República.

“O resultado mais evidente desta reunião com a CGTP é a convergência num conjunto de preocupações e de soluções para elas, bem como algumas propostas já apresentadas pelo grupo parlamentar do PCP (contratação coletiva, combate à precariedade, aumento dos salários, serviços públicos, prestações sociais, liberdade sindical e direito à greve)”, disse João Oliveira à Agência Lusa depois do encontro com o secretário-geral da CGTP/IN, Arménio Carlos.

João Oliveira disse que a posição do PCP e a da CGTP quanto ao salário mínimo nacional é convergente: “o objetivo da fixação do salário mínimo em 850 euros, à sua concretização (em termos temporais) tem de ser o Governo a dar resposta”, defendeu.

O deputado comunista considerou que o “empurrar da discussão por parte de Governo não diminui no que quer que seja a responsabilidade do Governo de fixar o salário mínimo nacional”, insistindo que “é no quadro da Assembleia da República que essa questão tem de ser decidida”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Questionado sobre se na atual legislatura, sem uma posição conjunta assinada entre PS e PCP tal como sucedeu em novembro de 2015, a agitação social nas ruas se vai fazer sentir de forma mais evidente, João Oliveira remeteu o assunto para “a luta dos trabalhadores”.

“Essa é uma questão à qual só os trabalhadores dão resposta. Os trabalhadores é que sabem exatamente qual o caminho que querem fazer para alcançar os seus objetivos. Naturalmente, com os seus sindicatos terão de decidir os caminhos que terão de trilhar. Da parte do PCP, vai haver a mesma iniciativa política que houve sempre ao longo dos anos, de convergência com a luta dos trabalhadores”, garantiu.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social manifestou-se esta terça-feira confiante de que será possível alcançar um acordo em sede de concertação social sobre a evolução do salário mínimo para 2020. A nova titular da pasta, Ana Mendes Godinho, está esta terça-feira em reuniões com os parceiros sociais, preparando a reunião de quarta-feira da Comissão Permanente de Concertação Social. O Governo definiu como objetivo subir dos atuais 600 para os 750 euros de salário mínimo em 2023.