“Fomos os primeiros a acabar com uma guarda pretoriana da Direção, paga para fazer o trabalho sujo”, atirou Frederico Varandas durante o seu discurso na gala Rugidos de Leão, que se realizou esta sexta-feira, em Leiria. “Estamos a mexer com interesses instalados de muita gente. Sei que fomos os primeiros em muitos anos a ter coragem de acabar com um negócio que nada tem a ver com o apoio genuíno como era no passado”, acrescentou, falando mesmo numa “minoria ruidosa” que o contesta por ter perdido várias regalias.

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As palavras do presidente do Sporting foram duras, a resposta da claque Juventude Leonina, anunciada durante a tarde e divulgada às 19h06, não ficou atrás: num extenso comunicado publicado na página oficial do Facebook com 13 pontos, o grupo organizado de adeptos criado em 1976 acusa Varandas de “mentir descaradamente”, fala em “despotismo” e “oportunismo” e revela que o atual protocolo dava ainda mais vantagens do que o anterior.

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“A Juventude Leonina não se sentou com a Direção do Sporting. Deixou sim, na carta enviada à Direção, essa possibilidade. Quando convocada, informou que não poderia comparecer na data indicada, pelo que, o atual presidente deu-se ao luxo de mentir descaradamente. A Juventude Leonina não é subserviente de nenhum presidente”, começa por defender. “O protocolo assinado com esta Direção supera em muito o que o anterior estabelecia, seja a nível de apoios para viagens, apoios às coreografias e suportes logísticos, pelo que se desafia a Direção a publicar os termos dos protocolos para que as pessoas percebam realmente até ao ponto que se propõem a mentir”, acrescentou, num “desafio” que já chegou a estar em cima da mesa.

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“Os protestos nada têm a ver com qualquer protocolo, caso contrário os cânticos contra a presidência não teriam sucedido antes sequer do comunicado absurdo que anunciou o fim do mesmo, ainda que sem qualquer valor jurídico. É antes uma clara manifestação contra a incompetência e oportunismo. Falou-se no processo Alcochete [mas] foi esta mesma Direção que decidiu propor os melhores termos, até hoje verificados, de qualquer protocolo entre as claques e o Sporting, muito após o evento de Alcochete. Deveria haver alguma honestidade intelectual nas afirmações de um presidente que representa o Sporting”, diz, antes de deixar mais acusações.

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“Foi esse processo de Alcochete que levou este Sr. [Varandas] a candidatar-se à presidência. Neste associo, quem filmou aqueles atos hediondos? Quem publicitou os vídeos que correram o mundo? Quem se aproveitou para lançar mão da proximidade com os jogadores e até sugeriu para os jogadores agirem como agiram? Afinal, quem no fim foi o prejudicado? O Sporting, que viu contratos resolvidos e, no mandato deste Sr. Presidente, desistiu de prosseguir os processos em curso contra esses mesmos atletas”, aponta a claque leonina. “Porque não se reporta à divida de meio milhão contraída pela Direção de Godinho Lopes aquando do ‘incêndio’ do Estádio da Luz onde não ficou provada a atuação das claques e cujo ex-presidente imputou aos GOA. Que publicite o que disse na reunião tida na presença do OLA, Pedro Alves, e do presidente da Juventude Leonina”, acrescenta.

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“O despotismo tem um limite. Não só esta Direção ganhou eleições com menos votantes, como já fez passar contas com esse mesmo rácio, pelo que, fica a pergunta, o que querem mesmo os sportinguistas? Ao que parece, não é o rumo que está a ser assumido”, conclui, entre muitas outras considerações sobre a atual situação desportivo do futebol leonino e críticas extensíveis também a outros dirigentes como Hugo Viana e Beto pelo plantel.