A percentagem de agregados familiares com acesso à internet aumentou 1,5 pontos percentuais para 80,9%, de acordo com dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que indicam que 80% dos utilizadores participam em redes sociais.
Em 2019, 80,9% dos agregados familiares em Portugal têm acesso à internet em casa (mais 1,5 pontos percentuais do que em 2018, sendo este acesso mais frequente nas famílias com crianças até aos 15 anos (94,5%) do que para aquelas que não têm crianças (73,2%). Em 78,0% dos lares o acesso é realizado através de banda larga.
Segundo o INE, a proporção de internautas residentes que participaram em redes sociais (80,2% em 2019) mantém a tendência de crescimento verificada desde o início da série (mais 23,2 pontos percentuais do que em 2011), e continua a ser superior ao registado na UE-28 (65% em 2018).
Em 2019, 76,2% da população residente dos 16 aos 74 anos utiliza a internet, sobretudo estudantes (99,6%) e pessoas que completaram o ensino secundário (96,9%) e superior (98,7%).
A proporção de utilizadores de internet no país continua a aumentar, de acordo com INE, mas mantém-se o distanciamento em relação à média da UE-28 (menos 12 pontos percentuais em 2018). No entanto, 4/5 dos utilizadores participa em redes sociais, proporção superior à média da UE-28 (perto de 2/3).
O acesso à internet em mobilidade (fora de casa e do local de trabalho e em equipamentos portáteis), que regista para Portugal níveis idênticos à média europeia desde 2016, mantém uma forte tendência de crescimento em 2019 (84,1%, ou seja, mais 3,2 pontos percentuais do que no ano anterior).
Segundo o INE, a utilização de comércio eletrónico continua a aumentar e 38,7% dos residentes em Portugal dos 16 aos 74 anos referiram ter efetuado compras através da Internet (comércio eletrónico) nos doze meses anteriores à entrevista, ou seja, mais dois pontos percentuais do que em 2018.
Ainda assim, apesar do crescimento observado desde 2010 (mais 24 pontos percentuais), a proporção de utilizadores de comércio eletrónico alcançada em Portugal em 2019, continua a ser inferior à proporção obtida em 2018 para a UE-28 (60%).
Quase metade dos utilizadores de internet referiram que limitaram a realização de atividades na internet devido a preocupações de segurança, como sejam compras, banca eletrónica ou fornecimento de dados pessoais, e 27,6% encontraram problemas de segurança nos 12 meses anteriores à entrevista.