Depois da entrevista à BBC em que o príncipe André negou ter abusado de uma jovem de 17 anos, e garantiu nunca ter suspeitado de Jeffrey Epstein, há novas fotografias que mostram seis mulheres e seis homens (três deles serão seguranças do duque de York) a entrar e a sair da mansão do multimilionário norte-americano durante a estadia do filho de Isabel II em Nova Iorque, em dezembro de 2010. Segundo o Daily Mail, as pessoas fotografadas podem ser testemunhas cruciais para a investigação do FBI sobre Epstein.

O duque de York ficou, pelo menos, cinco dias na mansão de Epstein, em Nova Iorque. Na primeira noite, dia 2 de dezembro, foi o convidado de honra de um jantar com várias personalidades de Nova Iorque, mais de um ano depois de Epstein ter sido libertado da prisão por abuso sexual de menores. Entre os convidados estava o realizador Woody Allen, que também ele foi acusado de abuso sexual pela filha adotiva.

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No domingo, Allen e a mulher, Soon-Yi, voltaram a ser vistos a sair da mansão pela manhã. Já Epstein e André saíram da propriedade pelas 13h40, para um passeio no Central Park com cinco guardas. Foi aí que, garante André, o príncipe pôs um ponto final à relação de amizade com Epstein. “Eu disse-lhe: Ouve, por causa do que aconteceu… não acho que seja apropriado mantermos o contacto. (…) A partir desse dia, não voltei a ter qualquer contacto com ele”, disse na entrevista.

Tigres embalsamados, móveis portugueses do século XVIII e um príncipe André apanhado à porta. A “mansão de horrores” de Epstein

Nessa noite, uma jovem com cerca de 20 anos, foi vista a sair da mansão de Epstein. Três outras mulheres, não identificadas, foram fotografadas durante a tarde do dia seguinte. Também Sarah Kellen, acusada de recrutar jovens raparigas para Epstein, esteve na mansão. É na tarde de 6 de dezembro que o príncipe André volta a ser visto na mansão do multimilionário, embora tenha garantido que não voltou a ter contacto com Epstein após o passeio em Central Park. André é filmado a acenar a Katherine Keating, filha do ex-primeiro-ministro australiano Paul Keating.

Na entrevista à BBC, o filho de Isabel II tinha garantido desconhecer as atividades ilegais de Epstein, mas frisou que, apesar de sempre ter visto “muitas pessoas a andar pela casa”, pensou que “eram funcionários”.

O príncipe André já anunciou que vai abandonar as funções públicas. Numa publicação na rede social Twitter, escreveu que pediu à rainha para o “afastar das funções públicas no futuro próximo e ela deu permissão”. Na mesma nota, esclareceu que “simpatiza profundamente” com as vítimas de Epstein. Disse ainda estar disponível a colaborar com as autoridades na investigação sobre Epstein.