O Parlamento da Bolívia aprovou no sábado a realização de novas eleições presidenciais e legislativas, para colocar fim à crise política iniciada com o ato eleitoral de 20 de outubro, cujos resultados foram contestados.

O projeto de lei foi aprovado no sábado à noite pelos deputados da câmara baixa do Parlamento, algumas horas após a aprovação no Senado. De seguida, deverá ser promulgado pela Presidente interina, Jeanine Añez, para ter força de lei.

O texto proíbe qualquer pessoa que tenha cumprido dois mandatos de concorrer a um terceiro, deixando de fora a possibilidade de candidatura de Evo Morales, que já cumpriu três termos presidenciais, desde 2006.

Evo Morales renunciou ao cargo, exilando-se no México, no final de várias semanas de violentas manifestações nas ruas da Bolívia, contestando a sua vitória de 20 de outubro.

De acordo com a proposta dos partidos, as eleições devem ser realizadas até dia 12 de janeiro de 2020.

O próprio partido de Evo Morales, o MAS (Movimento ao Socialismo), que tem maioria no Parlamento, votou a favor do projeto, ilustrando as divisões sobre o ex-Presidente.

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