Marie Fredriksson, vocalista e co-fundadora da banda Roxette, morreu na segunda-feira, aos 61 anos. A morte da cantora sueca foi confirmada pela sua promotora, a Dimberg Jernberg Management, em comunicado. “É com muita tristeza que temos de anunciar que Marie Fredriksson, da Roxette, morreu na manhã de 9 de dezembro, na sequência de uma batalha de 17 anos contra o cancro”, anunciou a Dimberg Jernberg.

A vocalista foi diagnosticada com cancro em 2002. Nessa altura, recebeu um tratamento agressivo para um tumor cerebral e conseguiu regressar aos palcos em 2009. Nos anos seguintes, os Roxette lançaram três álbuns de originais — Charm School (2011), Travelling (2012) e Good Karma (2016) — e fizeram uma digressão mundial. Mas a doença acabou por vencer, e Fredriksson acabou por abandonar definitivamente os palcos em 2016.

Per Gessie, dos Roxette: “As coisas não voltarão a ser as mesmas”

Na mesma nota, Per Gessle, com quem Marie Fredriksson fundou os Roxette em 1986, agradeceu à cantora e amiga “por tudo”. Os dois conheceram-se em Hamstad, no sul da Suécia, onde Fredriksson nasceu a 30 de maio de 1958. “Juntos começaram uma jornada histórica que, nos anos seguintes, os transformaria numa das maiores bandas pop do mundo”, referiu a Dimberg Jernberg.

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Antes disso, Fredriksson, que fez parte da cena musical independente de Halmstad entre finais dos anos 1970 e início dos anos 1980, integrou a banda punk Strul (durante o período em que conheceu Gessle) e lançou um álbum a solo em 1984, Still the Scent of Love.

Foi no seu país de origem que os Roxette começaram por ficar conhecidos, com o lançamento do primeiro álbum, Pearls of Passion, em 1986. O single “The Look”, do segundo álbum Look Sharp!, tornou-os famosos além fronteira. “Listen to Your Heart”, “Joyride”, “Sleeping in My Car”, “Dressed for Success” e “It Must Have Been Love”, da banda sonora do filme “Sonho de Mulher” (1990), foram outros temas que popularizaram os Roxette, que venderam mais de 80 milhões de discos no mundo inteiro.

[O vídeo de “It Must Have Been Love”, de 1986:]

“Eras uma artista extraordinária, mestre da voz, uma performer incrível”, disse Gessle. “Obrigada por pintares as minhas canções cinzentas com as cores mais maravilhosas. Foste a amiga mais maravilha durante mais de 40 anos. Sinto-me orgulhoso, honrado e feliz por teres partilhado comigo tanto do teu tempo, talento, calor humano, generosidade e sentido de humor”, afirmou ainda, garantindo que “as coisas não voltarão a ser as mesmas”.

Marie Fredriksson era casada com músico sueco Mikael Bolyos, com quem tinha dois filhos.