Na sequência de entrevista a Rafael Marques, publicada pelo Observador a 11 de dezembro com o título “Rafael Marques: “João Lourenço não tem como ter mão no MPLA””, recebemos da Aenergy o seguinte Direito de Resposta que publicamos ao abrigo da Lei:
“Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade? Felizmente, não, embora Rafael Marques pareça acreditar que sim. Mas, a favor da justiça, os factos continuam a valer mais do que a calúnia.
Facto número 1
Desde a sua fundação, a Aenergy tem sido uma empresa independente de qualquer influência política bem como de qualquer pessoa exposta politicamente, não tendo qualquer relação com a família Santos. Isto sempre foi reconhecido pelos seus parceiros.
Facto número 2
A Aenergy tem 7 anos de existência, tem as suas contas permanentemente auditadas e tem acordos de colaboração e parceria com várias entidades internacionais, em especial a multinacional General Electric para a área dos transportes e energia, tendo sido distinguida internacionalmente pela sua actividade e resultados alcançados.
Facto número 3
A Aenergy é uma empresa de direito angolano, a única empresa africana com certificação internacional anti-corrupção (ISO 37.001) e tem sido desde sempre, no âmbito da actividade desenvolvida, alvo recorrente de verificações de compliance por parte dos seus parceiros internacionais, entidades financeiras e agências multilaterais, passando por grandes grupos económicos, que nunca levantaram qualquer reserva sobre a actuação da empresa e dos seus representantes.
Facto número 4
A Aenergy sempre lutou para defender a transparência e as práticas anti-corrupção, tendo implementado, na prática, procedimentos e mecanismos que resultaram em soluções de valor adicional para os seus clientes. Desde o primeiro momento, a AE demonstrou praticar preços competitivos que levaram à redução, em 46%, do preço médio de Construção e Operação das Centrais Termoeléctricas em Angola. Isto traduziu-se, para o Governo de Angola, numa poupança de mais de 250 Milhões de Dólares norte americanos. Isto colocou em causa muitos interesses estabelecidos no mercado.
Facto número 5
A Aenergy não é uma empresa offshore conforme se pode ver pela sua certidão comercial, não é um intermediário ou um comissionista, mas é uma empresa com recursos internos humanos, técnicos e materiais, possui instalações nos países onde opera e construiu uma base de negócio assente na reputação do trabalho que entrega aos seus clientes.
Facto número 6
A Aenergy, desde a sua constituição, tem as suas contas auditadas pela auditora internacional (PwC), paga os seus impostos em Angola e nunca teve qualquer reserva às suas contas.
Facto número 7
Não existe qualquer ilegalidade cometida por parte da Aenergy perante o Estado Angolano, quer na execução do objecto dos contratos com os seus clientes, quer na utilização de qualquer financiamento, nem foi demonstrada qualquer associação da empresa a Pessoas Politicamente Expostas, existindo apenas juízos de valor mais ou menos anónimos que, intencionalmente, persistem em querer associar a empresa a Pessoas Politicamente Expostas ou a irregularidades cometidas por terceiros.
Facto número 8
A Aenergy desenvolveu todo o processo necessário para se tornar na primeira empresa angolana a entrar na Bolsa de Valores, com a atribuição de rating por entidade internacional Moody´s, processos que ficaram suspensos, por consequência directa da campanha difamatória de que está a ser alvo.
Facto número 9
A Aenergy não cometeu nenhuma ilegalidade no âmbito dos contratos de prestação de serviços que assinou com o Estado angolano, tem em sua posse todos os documentos contratuais que suportam os trabalhos contratados, os trabalhos executados e as transacções recebidas.
Facto número 10
Desde 31/08/2019 que a Aenergy foi ilegalmente impedida de continuar a prestar os seus serviços ao Ministério da Energia e das Águas, sendo credora desta instituição num valor superior a $ 112 milhões de dólares, montante a que acresce o preço das 4 turbinas GE 2500 adicionais, solicitadas e aprovadas.
O jornalista Rafael Marques teve acesso a todos os documentos que suportam estes factos, durante dois encontros que manteve com os representantes da Aenergy, tendo ignorado por completo a documentação a que teve acesso, optando por continuar a dar voz à transmissão de especulações.
Só existe uma explicação: a verdade contraria a tese que pretende defender publicamente e, por isso, foi ignorada.
A Aenergy defende os princípios do Estado de Direito e respeita a liberdade de imprensa e, exactamente por isso, recorreu à justiça para repor a verdade, defender o seu bom nome e travar a calúnia cobarde de que está a ser alvo.”