Decorria a guerra nas Malvinas, morreu o piloto Gilles Villeneuve, a Espanha juntou-se à NATO, o Aston Villa sagrou-se campeão europeu após vencer o Bayern e houve a tentativa de esfaqueamento do padre espanhol Juan María Fernández y Krohn ao Papa João Paulo II na primeira visita que fez a Fátima. Este era o mundo em maio de 1982 (olhando apenas as datas mais marcantes nesse mês em específico, entenda-se), altura em que Jorge Nuno Pinto da Costa alcançou a vitória número 1 no Campeonato enquanto presidente do FC Porto. Esta noite, em Moreira de Cónegos, chegou às 900. E o objetivo, com a recandidatura, é chegar ainda às 1.000.

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Tudo começou com o Sp. Espinho, num triunfo por 3-0 do conjunto de Hermann Stessl (o primeiro treinador que o presidente portistas conheceu nos azuis e brancos) com bis de Jacques e mais um golo de Júlio. Agora, de acordo com um levantamento feito pelo jornal A Bola, Pinto da Costa chegou aos 900 triunfos, tendo Sp. Braga (56), V. Setúbal (52), V. Guimarães (50), Marítimo (49), Boavista (41) e Belenenses (41) como principais vítimas, à frente dos maiores rivais diretos Sporting (39) e Benfica (34). Esta noite foi a 13.ª vitória com o Moreirense.

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Ao longo do trajeto, Pinto da Costa ganhou mais de metade dos Campeonatos disputados, num total de 21. Além disso, festejou ainda entre os títulos internacionais duas Taças dos Campeões Europeus/Liga dos Campeões, duas Taças UEFA/Liga Europa, duas Taças Intercontinentais, uma Supertaça Europeia, 12 Taças de Portugal e ainda 20 Supertaças, havendo apenas um troféu que nunca conseguiu ganhar desde que nasceu: a Taça da Liga.

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“Foi fundamental a atitude para a vitória. Não entrámos bem, com alguma desconcentração inexplicável, pois preparamos os jogos sempre de forma igual. Depois assumimos o jogo, mais agressivos, e fizemos dois golos. A seguir sofremos outro golo caricato sofrido, o que podia em termos emocionais mexer com o grupo, mas isso não aconteceu. Temos gente de carácter que sabe o que quer e fomos à procura do resultado. Os golos foram surgindo contra um Moreirense bem organizado e a sair de forma interessante mas connosco muito mais concentrados não tiveram nenhuma ocasião na segunda parte”, destacou Sérgio Conceição na flash interview, antes de passar para outros dados como a estatística ou o histórico de jogos do passado.

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“Não precisamos de fatores externos, daquilo que é a estatística. Olhamos para o trabalho diário, tentamos melhorar cada vez mais a equipa e torná-la cada vez mais forte. Claro que é sempre melhor trabalhar em cima de vitórias, queremos a perfeição, mas jogámos contra adversários que também têm o seu valor. Não dependemos de fatores externos para fazer o nosso trajeto e alcançar o que tanto queremos alcançar, que no fundo são os títulos”, referiu na conferência de imprensa, prosseguindo. “Não olhamos para o histórico. Percebemos que cada jogo tem a sua história, tem momentos diferentes de todos os outros que passaram. Estamos numa série de resultados muito interessante, mas há sempre coisas a melhorar, há coisas que temos de trabalhar”, completou.