As comemorações centenário de Bernardo Santareno, considerado um maior dramaturgo português do século XX, vão arrancar este fim de semana com um colóquio na Fundação Calouste Gulbenkian. Partindo do mote “É no homem, nas suas urgentes e sangrentas ansiedades, que está a raíz da atual criação dramática”, o evento com curadoria de Fernanda Lapa, diretora da Escola de Mulheres — Oficina de Teatro, irá reunir personalidades do mundo académico e teatral que abordarão vários aspetos da personalidade e obra de Santareno.

O programa irá arrancar pelas 10h deste sábado, 18 de janeiro, com uma sessão de abertura com Graça Fonseca, ministra da Cultura, Guilherme d’Oliveira Martins, membro do conselho de administração da Fundação Calouste Gulbenkian, José Manuel Mendes, presidente da Associação Portuguesa de Escritores, e Fernanda Lapa. Seguir-se-á a conferência de abertura, “Bernardo Santareno: Teatro, Utopia, Performatividade”, pelas 10h30, a cargo de Susana Moura. A sessão encerrará pelas 17h, com a exibição do documentário de 2000 “Bernardo Santareno Português, Médico, Escritor”, de Luís Filipe Costa. Haverá ainda uma pequena exposição, com documentos e curiosidades ligados ao dramaturgo.

O colóquio deste sábado inaugura uma série de iniciativas organizadas por várias entidades ao longo deste ano para marcar o centenário de Bernardo Santareno. De acordo com o noticiado pela Agência Lusa em dezembro, um dos pontos altos da celebração será a estreia, no Teatro da Trindade, de O Pecado de João Agonia, no dia em que o autor faria 100 anos, 19 de novembro. A obra de 1960 aborda questões como a homossexualidade e a repressão social. Também no âmbito desta celebração, a editora E-Primatur, que tem vindo a disponibilizar as obras de Santareno, irá publicar o primeiro volume das obras completas do dramaturgo português.

O programa completo do colóquio no Auditório 2 da Calouste Gulbenkian pode ser consultado aqui.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR