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Avião com 130 pessoas a bordo e com problema em roda aterra de emergência em Madrid com sucesso

Este artigo tem mais de 4 anos

Um avião da Air Canada com 130 pessoas aterrou de emergência em Barajas por problemas com uma das rodas. Aterragem foi feita com sucesso, sem feridos a bordo.

Imagem do avião a sobrevoar a zona do aeroporto de Madrid-Barajas
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Imagem do avião a sobrevoar a zona do aeroporto de Madrid-Barajas

AFP via Getty Images

Imagem do avião a sobrevoar a zona do aeroporto de Madrid-Barajas

AFP via Getty Images

Um avião da Air Canada com 130 pessoas a bordo aterrou de emergência no aeroporto de Madrid, esta segunda-feira, com sucesso. A decisão foi motivada por problemas com uma das rodas do trem de aterragem, segundo o El Mundo. O voo AC837 partiu de Barajas para Toronto, quando o incidente durante a descolagem fez com que o piloto decidisse preparar uma aterragem de emergência.

A confirmação do sucesso da operação foi feita pela Aena, responsável pela gestão do Aeroporto Adolfo Suárez, em Barajas.

O momento da aterragem terá sido captado em vídeo por um utilizador do Twitter que garante estar a bordo do avião.

Outro passageiro, Eduardo Íñigo, falou à Rádio Nacional de Espanha e confirmou estar “tudo bem”. “Só notámos um pequeno estalo quando partimos e depois demo-nos conta de que seria uma roda”, explicou. “O piloto depois confirmou que tinha rebentado uma roda, mas que não haveria perigo.”

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O ministro espanhol dos Transportes, José Luis Ábalos, declarou o seu “afeto e compreensão” aos passageiros e seus familiares “que viveram estas horas de incerteza”. Ábalos também agradeceu a rápida resposta aos serviços de emergência e restantes autoridades que estiveram a postos, caso a aterragem não fosse bem sucedida.

De acordo com o Sindicato Espanhol de Pilotos de Linhas Aéreas, o avião poderá ter problemas no motor esquerdo, onde terão entrado peças trem de aterragem. O incidente terá ocorrido na descolagem, razão pela qual o avião nem sequer chegou a sair de Barajas. “Não sabemos se a roda avariada provocou danos no trem de aterragem, mas como precaução eles estão a queimar combustível”, explicou Francisco Cruz, do Sindicato Espanhol de Pilotos, à RNE.

O El Mundo teve acesso ao áudio das comunicações dentro do avião. Na conversa com os 130 passageiros, o piloto confirma ter havido “um problema com uma das rodas durante a descolagem” e explica que irão largar combustível — o avião estava carregado para o voo transatlântico até ao Canadá. “Pedimo-vos muita calma e muita paciência”, termina o piloto.

F-18 e comité de crise. A resposta das autoridades

Um caça do Exército espanhol, um F-18, esteve a voar à volta do Boeing para tentar avaliar os danos no trem de aterragem, segundo informa a Cadena SER. O El País teve entretanto acesso a uma fotografia tirada dentro do avião, onde é possível ver um dos F-18 a acompanhar o AC837.

O ministério da Defesa espanhol informou o  El País que, quando o avião acabasse o processo de queimar combustível, iria ser tomada a decisão do local de aterragem: se seria no aeroporto de Madrid, ou na Base Aérea de Torrejón de Ardoz. Entretanto, foi confirmada a aterragem em Barajas.

O governo espanhol esteve a acompanhar a situação, com a Moncloa a anunciar que o ministro dos Transportes já seguiu para o Aeroporto de Barajas, a fim de acompanhar a operação de aterragem de emergência. O comité de crise da Aena, responsável pela gestão do Aeroporto de Madrid, está reunido para coordenar a resposta conjunta das várias autoridades.

Também o presidente do governo, Pedro Sánchez, disse-se “muito atento” à situação. E deixou a garantia de que todas as autoridades “estão preparadas e altamente capacitadas para garantir a segurança para este tipo de situações”.

O departamento de Relações Públicas da AirCanada falou entretanto à cadeia de televisão canadiana CBC, confirmando que houve “um problema no motor pouco depois da descolagem”. “Aparentemente, também se rompeu uma roda durante a operação”, confirmou a companhia aérea, que fala em 128 passageiros a bordo.

Antes disso, os passageiros do AC837 já tinham estado algumas horas à espera de descolar, enquanto o Aeroporto esteve encerrado devido à presença de um drone no local, das 12h40 às 14h15. O Boeing 767 levantou voo 15 minutos depois do aeroporto reabrir.

Imagem da trajetória do AC837 no site FlightRadar (D.R.)

Nas imediações do Aeroporto Adolfo Suárez estiveram vários veículos de emergência médica a postos.

Imagens do aparato dos serviços de emergência no Aeroporto de Barajas para uma eventual aterragem

EPA

É possível um avião aterrar sem um roda?

Em princípio, sim. É isso que diz o piloto Javier Moya, instrutor da empresa Aviation Group, que foi ouvido pela Cadena SER. Segundo Moya, os Boeing 767 estão preparados para aterrar apenas com um motor funcional e, como têm oito rodas no trem de aterragem, conseguem em teoria aterrar com uma a menos.

“[O avião] terá tendência a desviar-se para um lado, mas ao sabê-lo [o piloto] pode compensar, para que o avião não se desvie na pista de aterragem”, explica o piloto, dando como exemplo um carro que tenha um dos pneus com menos ar.

“Só não aterra antes, porque tem se desfazer do combustível que leva. Senão é demasiado pesado”, acrescentou Moya, que recomendou “tranquilidade total” e reforçou que esta é uma situação para a qual os pilotos são treinados.

Se o avião da Air Canada tivesse sistema de dumping, poderia ter descarregado uma tonelada de combustível por minuto, explica o piloto José Correia Guedes ao Observador. Mas não vê razões para pânico. “Os passageiros estarão aflitos, mas compete ao comandante acalmá-los”, disse à Rádio Observador.

“Os passageiros estarão aflitos, mas compete ao comandante acalmá-los”

Isso mesmo terá feito o comandante, numa outra mensagem aos passageiros a que o El País teve acesso. “Perdemos apenas uma roda, pelo que não haverá problema para a aterragem”, afirmou o comandante, tranquilizando os 130 passageiros. “Este avião tem oito rodas no trem de aterragem na parte de trás e e também à frente. Perdemos só uma. Tudo está sob controlo. Vamos continuar a voar só para gastar um pouco mais de combustível e ficarmos mais levezinhos no momento da aterragem em Barajas”, ouve-se na mensagem.

Para compreender melhor os vários cenários para a aterragem do avião em Madrid, a Rádio Observador falou com o antigo presidente do Sindicato dos Pilotos Jaime Prieto. O avião da Air Canada está a queimar combustível para quê? Sem uma roda consegue aterrar? E se falhar o trem de aterragem? Ouça aqui as explicações de Jaime Prieto, ex-presidente do Sindicato dos Pilotos.

Os cenários para a aterragem do avião em Madrid

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