O Novo Banco vendeu por uma valor indeterminado a dívida que detinha de Duarte Lima a duas entidades, uma delas sediada no Luxemburgo e a outra em Portugal.

Desta forma, escreve o Público, a luxemburguesa LX Investment Partners II e a portuguesa Ares Lusitani passam a ser titulares da dívida que aquele antigo advogado e ex-líder parlamentar do PSD, que foi preso em abril de 2019, tinha junto do Novo Banco.

O Novo Banco reclamava junto de Duarte Lima, que está em processo de insolvência, um total de 11,3 milhões de euros. 

Ainda segundo o Público, que consultou os autos do processo de insolvência de Duarte Lima, não é claro qual é a percentagem desses 11,3 milhões que cada uma das duas sociedades compraram — sabendo-se apenas que a LX Investment Partners II concluiu o negócio a 22 de dezembro de 2018 e que a Ares Lusitani fê-lo em 13 de setembro de 2019. Também não se sabe por quanto aquelas duas sociedades compraram a dívida de Duarte Lima.

Em 2014, Duarte Lima foi condenado a uma pena de 10 anos de prisão efetiva pelos crimes de burla qualificada e branqueamento de capitais por se ter apropriado de um crédito imobiliário de 43 milhões de euros concedido pelo Banco Português de Negócios. O ex-líder parlamentar do PSD recorreu desta decisão e o Tribunal da Relação de Lisboa baixou-lhe a pena para seis anos em abril de 2016, alegando porém que por já nessa altura estar em prisão domiciliária que só teria de cumprir três anos e seis meses de prisão.

Duarte Lima foi ainda acusado do homicídio de Rosalina Ribeiro, ex-cliente daquele advogado e que foi casada com o já falecido milionário Tomé Feteira. O processo relativo ao alegado homicídio de Rosalina Ribeiro, que terá acontecido no Brasil, será julgado em Portugal.

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