Roger Federer voltou a ter um arranque de temporada cirúrgico a nível de escolhas de torneio, tendo como grande foco para 2020 a conquista de um Grand Slam ou da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio. A primeira tentativa, no Open da Austrália, terminou nas meias, onde acabou por pagar em demasia o desgaste dos triunfos em cinco sets frente a John Millman e Tennys Sandgren antes do duelo com Novak Djokovic. O próximo objetivo seria Roland Garros, onde ganhou uma vez em cinco finais, mas o plano teve de ser reorganizado.

O rei da Austrália bateu o rei dos Grand Slams em nome de um rei do desporto: Djokovic vence Federer e está na final

Duas semanas depois de ter batido mais um recorde, neste caso com o amigo Rafael Nadal, ao ser protagonista do encontro de ténis com maior assistência de sempre na Cidade do Cabo (51.954 espetadores, quase mais dez mil do anterior máximo estabelecido pelo suíço com Alexander Zverev na Cidade do México em novembro) num jogo de carácter solidário que angariou mais de três milhões de euros de receitas para a Fundação Roger Federer, o helvético, atual número 3 do ranking mundial, anunciou que foi operado ao joelho direito.

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“O meu joelho direito andava a chatear-me há algum tempo. Esperava que isso passasse mas, depois de fazer exames, decidi fazer uma artroscopia na Suíça ontem [quarta-feira]. Depois do procedimento cirúrgico, os médicos confirmaram que foi a coisa certa para ser feita e estão muito confiantes numa recuperação total”, começou por anunciar o jogador na manhã desta quinta-feira, através das suas redes sociais oficiais.

“Como resultado disso, infelizmente vou ter de falhar Dubai, Indian Wells, Bogotá, Miami e o Open de França [ou Roland Garros]. Estou grato pelo apoio de todos. Não consigo ver a hora de voltar a jogar em breve, vemo-nos na relva!”, acrescentou o suíço, deixando já uma luz sobre o que será o resto da temporada.

Assim, e passando ao lado da parte da época de terra batida, Roger Federer deverá regressar em relva ou num dos torneios que antecedem Wimbledon ou diretamente no segundo Grand Slam do ano, ficando depois com os Jogos Olímpicos de Tóquio e o US Open para concretizar um dos derradeiros objetivos: ganhar um último grande troféu aos 38 anos (39 em agosto). Mais longe fica assim o recorde de torneios conquistados por Jimmy Connors na Era Moderna, com o helvético a somar nesta altura 103 contra 109 do americano, antigo número 1 do ranking.