O bispo do Porto afirmou esta sexta-feira, numa oposição à eutanásia, que “muitos humanistas” tentaram “libertar da morte infligida e do sofrimento psicológico muitos que os vão sofrer”, mas não conseguiram porque a “cultura necrófila sobrepôs-se à defesa da vida”.

“Muitos de nós, humanistas, religiosos ou não, tentamos libertar da morte infligida e do sofrimento psicológico desnecessário muitos que os vão sofrer. Não conseguimos porque a cultura necrófila sobrepôs-se à defesa da vida”, escreveu Manuel Linda na rede social Twitter.

Na mensagem, o bispo acrescentou: “fica-nos a honra de estarmos do lado da vítima”.

A Conferência Episcopal Portugal (CEP) manifestou na quinta-feira “enorme tristeza” pela aprovação no parlamento, na generalidade, da eutanásia, acentuando que “acompanha e apoia todas as iniciativas pela defesa da vida e contra a eutanásia”.

“É com enorme tristeza que assistimos hoje [na quinta-feira] à decisão da Assembleia da República ao aprovar, em votação na generalidade, cinco projetos de despenalização da eutanásia”, escreve o porta-voz da CEP, Manuel Barbosa, numa breve nota publicada no portal da instituição que agrega os bispos da Igreja Católica portuguesa.

O parlamento aprovou na quinta-feira na generalidade cinco projetos de lei do PS, BE, PEV, PAN e Iniciativa Liberal para a despenalização da eutanásia (morte medicamente assistida).

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