O Exército português abriu um concurso em janeiro para preencher 70 vagas que tinha aberto para oficiais contratados, mas, pela primeira vez, não teve candidatos suficientes, avança o jornal Público. Ao todo, os militares receberam 145 candidaturas, mas precisavam de pelo menos 304 para preencher as mesmas vagas — ou seja, mais do dobro.

Este tipo de concursos exige que haja muita participação, porque o rácio de admissão é baixo. Os candidatos são sujeitos a provas de seleção físicas, psicológicas, médicas exigentes e têm ainda de passar por uma fase de entrevistas individuais. Para este concurso, foram abertas vagas para 18 especialidades.

Quem se candidatou em janeiro pode tornar-se num oficial em regime de contrato com as patentes de aspirante, alferes ou tenente. Para estas patentes, o salário máximo é de 1.843,56 euros e acrescem 93,9 euros diários caso entrem em missões no estrangeiro, explica o mesmo jornal. Já os páraquedistas têm um acréscimo mensal de 274,33 euros.

O Público especifica que a 30 de novembro de 2019, o Exército tinha 12.563 efetivos, metade do que tinha em 2002. O Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, o almirante Silva Ribeiro, tinha dito em entrevista ao mesmo jornal e à Renascença que faltam seis mil militares para as fileiras do exército português.

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