A Direção Provincial do Mar, Águas Interiores e Pescas de Maputo apreendeu cerca de 250 quilogramas de diverso tipo de pescado, cuja exploração está proibida desde janeiro, devido ao período de veda em vigor, anunciou em comunicado.

“Nesta operação, foram apreendidos 198 quilogramas de camarão, 15 de camarão seco, 10 de caranguejo e 10 de peixe”, lê-se no comunicado que a Lusa teve acesso.

Entre 1 de dezembro e 17 de fevereiro, as autoridades visitaram 29 centros de pesca, inspecionaram 1.285 barcos e 1.295 artes de pesca.

Como resultado, foram apreendidas e destruídas 39 artes ilegais de pesca, 25 estacas de mangais e passados 40 avisos de multas correspondentes a 800 mil meticais (11 mil euros).

As operações foram desencadeadas por uma equipa multissetorial de fiscalização da direção provincial e Polícia Costeira, Lacustre e Fluvial do Ministério de Interior, através de 50 patrulhas marítimas e 50 terrestres.

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A interdição, aplicada em todo o país, iniciou-se em 1 de janeiro e será levantada no dia 1 de abril.

A medida visa permitir uma reprodução do marisco, através de “uma pesca responsável”.

No âmbito da proteção das espécies piscatórias, Maputo proibiu igualmente a pescaria de camarão de superfície ao longo da baía, para dar tempo ao processo de reprodução e crescimento da espécie.

A interrupção da atividade de captura de camarão de superfície, isto é, de profundidade até 15 metros, acontece no âmbito da adoção de medidas de conservação e preservação dos recursos pesqueiros e deverá durar até 31 de março.

Dados estatísticos indicam que Moçambique movimenta anualmente entre 70 e 100 milhões de euros anuais no setor da pesca.

Grande parte do pescado moçambicano tem como destino os mercados da União Europeia, especialmente Portugal e Espanha.