O ex-comissário europeu Carlos Moedas, que recebeu este domingo o Prémio Universidade de Coimbra, defendeu que o futuro da instituição passa pela sua capacidade de olhar para uma história com mais de sete séculos.

“A Universidade de Coimbra (UC) representa o melhor que o passado tem como arma para ganhar o futuro”, disse Carlos Moedas, na cerimónia em que o reitor, Amílcar Falcão, lhe entregou o galardão, numa cerimónia comemorativa do 730.º aniversário da UC, realizada na Sala dos Capelos.

Antigo secretário de Estado adjunto do antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho (2011-2014), Carlos Moedas exerceu o cargo de comissário europeu da Investigação, Ciência e Inovação entre 2014 e 2019.

“Nesses cinco anos, a Universidade de Coimbra esteve sempre ao meu lado”, afirmou, numa sessão em que o Governo se fez representar por três ministros — Ana Abrunhosa (Coesão Territorial), Tiago Brandão Rodrigues (Educação) e Manuel Heitor (Ciência, Tecnologia e Ensino Superior) — e pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes.

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Para Carlos Moedas, “o futuro da UC está precisamente na sua capacidade de olhar para o seu passado”.

Filho de José Moedas, um militante histórico do PCP de Beja, o engenheiro civil e economista social-democrata nasceu nesta cidade, em 1970, por cujos estudantes vai distribuir os 25 mil euros do prémio, desde que desejem frequentar cursos da Universidade de Coimbra, fundada pelo rei D. Dinis, em 1290.

“Quero ajudar os alunos da minha terra, que tenham talento, a virem estudar para Coimbra”, anunciou o ex-membro da Comissão Europeia presidida pelo luxemburguês Jean-Claude Juncker (2014-2019).

O Prémio Universidade de Coimbra, que a instituição atribui desde 2004, inclui uma verba de 25 mil euros concedida pelo banco Santander Totta.