Os SUV estão a complicar a vida aos fabricantes de automóveis, uma vez que, ao serem maiores, mais pesados e menos aerodinâmicos, consomem e emitem mais poluentes, o que obriga as marcas a apertarem o cinto para conseguirem respeitar os limites impostos por Bruxelas.

Por outro lado, ao serem mais caros, fazem com que os construtores incrementem o lucro por unidade vendida, o que faz disparar os ganhos no final do ano. Foi exactamente isto que aconteceu com a Volkswagen AG, que anunciou um crescimento de 22% nos lucros operacionais face a 2018, atingindo 16,9 mil milhões de euros.

Os resultados agora revelados levam o grupo germânico a propor o pagamento de dividendos aos accionistas de 6,50€ por acção, uma evolução face aos 4,80€ pagos em 2018. O incremento dos lucros de 2019 foi conseguido à custa de um crescimento transversal, para o qual todos os mercados contribuíram, sem que nenhum se destacasse especialmente.

Depois de anunciar os resultados de 2019, a VW fez alguma futurologia para 2020, apresentando as previsões para o ano em curso. Segundo os responsáveis alemães, a facturação deverá aumentar 4%, apesar do volume de vendas se manter inalterado, ou seja, em torno dos 10,98 milhões de veículos vendidos em 2019.

Em relação à margem de lucro sobre a facturação, a VW antecipa para 2020 um valor entre 6,5% e 7,5%, mais baixo pois do que os 7,6% que alcançou em 2019. Contudo, face ao actual problema causado pelo coronavírus, os alemães prevêem que a quebra do mercado, e dos lucros, pode vir a ser superior às estimativas antecipadas, todas elas calculadas antes deste surto com origem na China.

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